Projeto da UEL promove odontologia preventiva com uso intensivo das redes sociais

A proposta surgiu em 2017, uma iniciativa do professor Ricardo Almeida, do Departamento de Microbiologia. O projeto tem o objetivo de conciliar as atividades, unindo pesquisa e ensino e difundindo informação de qualidade.
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06/08/2021 - 16:40
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Um projeto de Extensão desenvolvido no Departamento de Microbiologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), resgata os fundamentos da Odontologia Preventiva utilizando mídias sociais e a divulgação massiva por meio de uma coluna semanal veiculada na Rádio UEL FM (107,9 MHZ), chamada Escova & Ação. Periodicamente, ouvintes e internautas têm acesso a conhecimentos sobre higiene, saúde e doenças bucais, considerando os princípios da microbiologia, imunologia, histologia e fisiologia que podem influenciar ou agravar patologias.

A proposta surgiu em 2017, uma iniciativa do professor Ricardo Almeida, do Departamento de Microbiologia. O professor tem graduação em Odontologia, Mestrado em Patologia Experimental, Doutorado em Microbiologia e pós-Doutorado em Genética Molecular. Atualmente ele coordena o Laboratório de Micologia Médica e Microbiologia Bucal da UEL e ministra aulas para o curso de Odontologia e de Biomedicina.

O projeto tem o objetivo de conciliar as atividades, unindo pesquisa e ensino e difundindo informação de qualidade. Nesses quatro anos de atividades, o professor já conseguiu quase 500 mil visualizações com suas inserções. Ele explica que ferramentas como Instagram, Facebook e YouTube ajudaram a atingir um contingente maior de pessoas.

Ele mantém dois canais no YouTube. O Escova & Ação, com 5,7 mil inscritos, oferece informações atualizadas sobre higiene e saúde bucal, direcionado ao público leigo, com linguagem adequada e ilustrações. O outro canal, Odontologia com o professor Ricardo Almeida, tem a proposta de levar atualização para dentistas sobre temas relacionados à saúde. A programação proporciona resenhas de artigos científicos e aulas sobre pesquisas

Para gerar maior tráfego, o professor alimenta um blog, um perfil no Instagram e uma fã page no Facebook. Todo o conteúdo ainda é repassado por meio da Coluna Escova & Ação, na Rádio UEL FM (107,9 MHZ), veiculada às terças-feiras, às 8h30; quintas-feiras, è 21 horas; e aos sábados, às 17 horas.

O professor descreve a iniciativa como uma forma de disseminar uma informação importante, relacionada à saúde. “Eu vejo que muitos problemas seriam resolvidos apenas com informação. O projeto é o meu sonho de melhorar a saúde bucal do brasileiro por meio da informação e entretenimento, ajudando o maior número de pessoas possível”, define.

Mais recentemente, em junho passado, Ricardo criou o personagem Preguicildo, um boneco falante que não gosta de escovar os dentes. O personagem é manuseado pelo próprio professor. Alterando a voz, os dois travam um diálogo sobre higiene bucal, sanando dúvidas e levantando questões importantes.

Segundo Ricardo, a ideia de manusear um fantoche teve o objetivo de aumentar a interação com o público, principalmente infanto-juvenil. Ele explica que a vantagem é poder abordar assuntos que geralmente as pessoas não costumam falar, relacionados aos hábitos de higiene. “É delicado para as pessoas admitir, daí a ideia do personagem. As pessoas passam a se identificar”, explica.

TRAJETÓRIA – Nascido em uma família de dentistas, Ricardo cresceu praticamente dentro de um consultório. O pai era protesista e costumava orientar pacientes com ajuda de um projetor de slides. A mãe atuava na área da odontopediatria e o consultório era todo decorado com bichos e móveis interativos. Ele recorda que a mãe utilizava inclusive uma vitrola com discos infantis para entreter os pacientes.

“Na faculdade eu fui entender. Meu pai ensinava para os pacientes o que era para ser feito, dentro da ética profissional, o conceito de autonomia, no qual o paciente tem direito de escolher o tratamento”, afirma.

Ainda de acordo com o professor, a prevenção odontológica era muito disseminada nos anos 1980. Hoje, a ênfase maior nos consultórios e clínicas são os tratamentos, a chamada odontologia curativa. Daí a necessidade de resgatar a prevenção na saúde bucal. “Existe um vácuo de informação entre o dentista e paciente”, considera.

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