O projeto Rio Vivo, do Governo do Estado, atingiu a marca de 1,76 milhão de peixes nativos soltos nas bacias hidrográficas do Paraná. O número foi alcançado no último fim de semana, com a soltura de 230 mil unidades nos rios Piquiri e Ivaí. A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), responsável pelo projeto, adquiriu 2,6 milhões de peixes nativos e, além da quantidade que já repovoa rios do Estado, outros 840 mil serão incorporados à fauna aquática do Estado até o fim deste ano.
A ação é possibilitada pela Resolução Sedest número 10/2021, que normatiza o repovoamento com peixes nativos das bacias dos rios Paraná, Paranapanema, Ivaí e Iguaçu. A normativa foi desenvolvida pela Superintendência da Pesca e Bacias Hidrográficas do Paraná, vinculada à Pasta.
Os eventos de soltura de peixes nativos têm a participação da sociedade civil, especialmente de estudantes e pessoas da terceira idade, e são acompanhados de plantio de árvores nativas nas margens dos rios. “O projeto Rio Vivo ganhou este nome porque quando o peixe sobrevive na água é porque ela está limpa”, explica o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
“É um projeto completo, que promove o repovoamento dos rios, para compensar os peixes retirados pelos pescadores para sua sobrevivência, e que também promove a educação ambiental. Estamos plantando os frutos que as futuras gerações irão colher”, destaca o secretário.
O Rio Vivo também apoia torneios de pesca em que os participantes, além de soltar peixes e plantar árvores, recolhem resíduos sólidos das águas. O secretário Márcio Nunes lembra, ainda, que a ação integra a política de sustentabilidade da pasta ambiental do Estado. “A ONU e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico disseram que, no Brasil, o Paraná é o estado com melhores práticas ligadas ao meio ambiente, um reconhecimento nacional e internacional”, disse.
ESPÉCIES – No fim de semana, os peixes nativos foram soltos no Rio Piquiri, município de Assis Chateaubriand (região Oeste) e Rio Ivaí, em Querência do Norte (Noroeste). Entre as espécies estão lambari, piau, dourado e pintado.
“É um projeto que está dando certo. Está recuperando nossas bacias e dando um novo olhar para o Paraná, que tem essa vocação para pesca profissional e esportiva”, destacou o superintendente da Pesca e Bacias Hidrográficas do Estado, Francisco Martin. “São peixes que estão na medida certa para entrarem na natureza. Não são pequenos demais para virarem presas e não ficaram grandes demais a ponto de perderem a capacidade de caçar”.
Em Assis Chateaubriand, o evento contou também com a parceria do Rotary Club da cidade, no Distrito 4640, que contribuiu com a soltura de mais 35 mil pacus no Rio Piquiri. Para o presidente da instituição, Wyllian Gongora, esta é uma ação para perdurar. “Cada um fazendo seu esforço e sua parte, com ações voluntárias, vamos colocar mais de 500 mil peixes no Rio Piquiri e agora contamos com a parceria do Estado”, afirmou.