Programa de reparos e limpeza nas escolas promove reinserção de mulheres apenadas

A equipe feminina tem cinco apenadas em monitoração eletrônica (regime semiaberto harmonizado). Elas estão limpando colégios estaduais em Curitiba. Atualmente, são 105 apenados em 17 equipes de 10 Núcleos Regionais de Educação (NRE) dentro do programa.
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13/09/2023 - 15:50
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O Programa Mãos Amigas, que utiliza mão de obra de apenados em trabalhos de conservação, manutenção e reparos em colégios estaduais, completará 11 anos em outubro. A comemoração começa já em setembro com a chegada de uma equipe feminina para atuar nos colégios estaduais em Curitiba. A iniciativa amplia a diversidade e o número de pessoas privadas de liberdade (PPL) que participam do programa. Em 2023, até este mês, o programa atuou em 522 colégios, sendo 22 deles na Capital, atendidos por mulheres.

O Mãos Amigas é desenvolvido pelo Governo do Estado por meio de uma parceria entre o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), as secretaria da Educação e da Segurança Pública e a Polícia Penal do Paraná, com a interveniência do Paranaeducação.

A equipe feminina tem cinco apenadas em monitoração eletrônica (regime semiaberto harmonizado). O convênio para a participação no programa foi firmado com o Núcleo de Atendimento à Pessoa com Monitoração Eletrônica (Nupem). As mulheres também foram entrevistadas pela coordenação do Mãos Amigas.

“A nova equipe enriquece o programa, tanto por abrir uma nova gama para a contratação de mulheres, como por possibilitar a reinserção delas à sociedade, além de melhorar a estrutura dos colégios”, comentou Claus Marchiori, da Fundepar, gerente estadual do Mãos Amigas.

Para o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, a participação feminina representa mais um avanço no programa que, segundo ele, há 11 anos faz a diferença nas escolas estaduais. "O Governo do Estado incentiva o Mãos Amigas porque ele possibilita que as escolas permaneçam limpas, que sejam feitos pequenos reparos em hidráulica e parte elétrica, roçada e pintura. Os trabalhos são realizados sempre com acompanhamento de um policial penal, garantindo a segurança de todos os envolvidos", explicou.  

A utilização desta mão de obra nos reparos e manutenções dos prédios escolares resulta na redução de 50% nos orçamentos de reparos, uma vez que não há encargos trabalhistas. Além disso, garante que a apenada esteja mais preparada para o retorno à sociedade.

Os apenados recebem 75% do salário mínimo, com redução de pena de um dia a cada três trabalhados. Eles são transportados pelo veículo do programa Mãos Amigas do presídio para a instituição de ensino em que trabalharão, onde também recebem alimentação. Já a equipe feminina recebe um salário mínimo, além de refeição e vale-transporte para se locomover de suas residências até os colégios. Os apenados realizam reformas, pinturas e roçadas, enquanto a equipe feminina promove limpeza das instituições de ensino.

Atualmente, são 105 apenados em 17 equipes de 10 Núcleos Regionais de Educação (NRE) dentro do programa. A previsão é de novos convênios com mais quatro NREs nos próximos meses, o que aumentará o número de equipes para 22. Além disso, também está prevista a expansão para a utilização de apenados de mais unidades prisionais do Estado, o que aumentará o número de equipes femininas.

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