A primeira edição do programa de inovação aberta Copel Volt encerrou nesta terça-feira (31) com as demonstrações de resultados dos cinco projetos selecionados. O evento aconteceu na sede da Companhia, em Curitiba, depois de um ano intenso de mergulho na cultura inovadora.
O programa durou um ano e mais de 200 startups dos cinco continentes se inscreveram nos oito desafios que a Companhia identificou como oportunidades de negócio: relacionamento com o cliente, energia e além da energia, processos internos inovadores, energia limpa e novas matrizes energéticas, novos modelos de negócio, eletromobilidade, gestão de ativos e instalações, e armazenamento de energia.
Foram 12 meses de criação e desenvolvimentos inovadores e tecnológicos em projetos que utilizaram o que há de mais avançado em soluções na área de energia para inovação aberta. Times multidisciplinares da Copel mergulharam na cultura de inovação durante este processo, passando por capacitações específicas para as fases de seleção de projetos e mentoria.
Inovação aberta é a sistemática que tem como objetivo melhorar o desenvolvimento de produtos ou serviços, aumentando a eficiência dos processos de desenvolvimento e inovação das organizações, com menor prazo, menor custo, ou agregando novos serviços por meio de parcerias com diferentes entidades, como startups, instituições de ensino ou institutos tecnológicos.
As provas de conceito foram avaliadas por uma banca e poderão gerar novos modelos de negócios, levando em conta a possibilidade de execução, o grau de inovação do projeto e o impacto que a parceria pode trazer ao mercado. A análise agora segue para procedimento interno de governança na Companhia.
ENCERRAMENTO – O encerramento teve a participação do presidente do Conselho de Administração da Copel, Marcel Malczewski, que parabenizou a empresa pelo senso de oportunidade. “É o timing perfeito para a Copel investir em negócios inovadores e que envolvem muita tecnologia”, salientou.
Para o presidente da Copel, Daniel Slaviero, o momento marca uma fase disruptiva da Companhia. “Nós estamos vivendo um momento único, seja pela abertura do mercado ou pelas empresas com novas tecnologias que estão melhorando o acesso dos consumidores aos geradores de energia limpa”, afirmou.
A jornada do Copel Volt foi apresentada pelo diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, Cássio Santana da Silva, que destacou o momento histórico de fomento de parcerias da Companhia com startups de energia – as energy techs. “Assim como existem as fintechs, do mercado financeiro, e as health techs, da área da saúde, a Copel também se posiciona na vanguarda da inovação ao firmar relacionamento com startups do setor energético", afirmou.
O evento teve ainda uma parte de formação para os participantes, com as palestras de Renata Ramalhosa, CEO da Beta-i, a consultoria que guiou toda a jornada de inovação do Copel Volt, e de Fabio Luiz Biagini, Venture Capital Manager do BNDES.
As startups finalistas desta edição foram:
Move: startup brasileira que atua com desenvolvimento de soluções tecnológicas para gestão e controle de recargas de veículos elétricos. O projeto foi de expansão da eletrovia da Copel no Paraná, com integração de todos os eletropostos em única plataforma de gestão e interação com usuários por meio de aplicativo para realização e cobrança de recarga.
CUBi: plataforma de governança energética para indústrias que monitora dados, analisa resultados e indica potenciais de economia de energia. Por meio da implementação de plataforma de governança, demonstrou a capacidade de escalar análises e alavancar oportunidades de economia na indústria e nos negócios para a Copel. No projeto, foram diagnosticados R$ 16 milhões em potencial de economia.
NEX Energy: startup brasileira, de Curitiba, com a missão de ajudar empresas brasileiras a economizarem na conta de luz, por meio de energia limpa, tecnologia e um atendimento mais humanizado. O negócio permite que as empresas cadastradas consigam até 20% de economia por meio do aluguel de uma usina 100% renovável da Copel - como usinas solares e eólicas. A iniciativa é destinada a empreendimentos de qualquer região do Paraná que registram despesas entre R$ 1 mil e R$ 20 mil com a fatura de luz.
Prescinto: startup da Índia que atua com inteligência artificial para identificar e sugerir ações de melhoria de desempenho na geração em usinas de energia limpa. O projeto analisa os dados históricos de energia limpa da Copel, coletados das usinas, para entregar uma proposta de gestão que amplie o desempenho das plantas.
Watt-is: startup de Portugal que traduz dados de medição inteligente em informações valiosas para melhorar a experiência do consumidor, especialmente em termos de uso eficiente de energia. O sistema analisa, por meio de inteligência artificial, os dados de consumo de energia de cerca de 5 mil unidades consumidoras do Paraná que já tenham medidores inteligentes instalados.
Mais informações: www.copelvolt.com