Professores criam metodologias práticas para motivar os alunos

Estudantes de colégios estaduais podem assimilar conteúdos de disciplinas como Ciências e Física por meio de experiências proposta pelos professores, uma forma de aliar os ensinos teórico e prático, facilitando o processo de ensino e aprendizado.
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15/05/2019 - 16:40
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O ensino teórico aliado a atividades práticas enriquece o currículo, facilita o processo de ensino e aprendizado e torna as aulas mais interativas. Trata-se da metodologia do ensino prático, que tem transformado as aulas nas escolas da rede estadual de ensino.

No Colégio Estadual do Campo de Rio da Prata, em Nova Laranjeiras, no Centro-Sul do Paraná, os alunos do 7° ano do Ensino Fundamental participaram de uma aula prática de Ciências em que puderam observar o desenvolvimento das células procarióticas e eucarióticas e a diferença entre os organismos unicelular e pluricelular. A atividade é complemento da aula teórica da professora Sandra Silva Baldisserra, com o objetivo de proporcionar aos alunos a oportunidade de conhecer e reconhecer as células.

“A aula prática facilita o aprendizado. Os alunos conseguem entender os conteúdos que trabalhamos em sala e que estão nos livros por meio da observação. Assim, a explicação do professor fica mais completa”, disse Sandra.

MÃO NA MASSA – A professora utilizou frutas para representar as estruturas celulares e suas organelas. Os lisossomos foram representados com uvas, o complexo golgiense com tangerina, a maçã representou o núcleo, a casca da maçã representou o material genético na célula procariótica, e assim sucessivamente com as outras organelas celulares.

“Eu gostei muito. Achei mais proveitoso porque com as atividades práticas aprendemos melhor e com mais facilidade as diferenças entre as células”, disse Poliana Moreira Wrublak, 12 anos, do 7° ano.

EXPERIÊNCIA - “Não consigo ver o ensino teórico separado do ensino prático porque, se as duas metodologias não estiverem alinhadas, o ensino fica fragmentado. É por meio da prática que eles terão um aprendizado significativo e prazeroso”, explicou a professora de Biologia Leide Aparecida Faria Garcia, do Colégio Estadual Tancredo Neves, em Imbaú, nos Campos Gerais.

Por isso, ela resolveu fazer uma aula diferente sobre carboidratos, conteúdo previsto na disciplina, com os alunos do 1° série do Ensino Médio. Cada aluno trouxe de casa um alimento (fruta, verdura, legumes e grão). Com a aplicação de pequenas gotas de iodo puderam observar que a substância mudava de cor, do marrom avermelhado para o preto. Os alimentos sem as moléculas não mudaram de cor.

Por meio da reação química os estudantes também perceberam que os alimentos de origem animal não possuem moléculas de carboidratos, diferente dos alimentos de origem vegetal. “É uma constatação simples, mas importante, porque muitos não sabiam o que era carboidrato e a aula prática proporciona isso, para que o aluno consiga ampliar as possibilidades de aprendizado e conhecimento”, disse Leide.

VENDO E APRENDENDO - Ver e entender os conteúdos de movimento uniforme, velocidade e aceleração nunca foi tão fácil para os alunos do Ensino Médio dos colégios estaduais Professora Helena Ronkoski Fioravante e Manoel Antônio Gomes, ambos do município de Reserva, também nos Campos Gerais. Desde 2017 a professora de Física Janinha Aparecida Pereira, mestre em Ensino de Ciências e Tecnologia, resolveu inovar o jeito de repassar os conteúdos.

Depois de uma pesquisa feita na internet, ela adaptou um experimento com uma garrafa pet, água e óleo de cozinha, e desenvolveu uma aula prática que fez os alunos compreenderem melhor os conteúdos da disciplina. “Eles visualizaram o conceito físico de movimento uniforme, velocidade e aceleração na prática. Depois pegaram essas informações e elaboraram um gráfico, mas entendendo como chegaram naquele resultado”, explicou Janinha.

“As aulas ficaram mais divertidas e aprender sobre movimento e velocidade é meio complicado na sala, mas com essa atividade prática ficou mais fácil para compreender os conceitos que estavam nos livros”, disse a estudante Caroline Barbara Garrett Ortiz, 14 anos, do 1° série do Ensino Médio.

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