Professores aderem ao EaD e atraem alunos com alternativas criativas

Iniciativas adotadas por diretores, professores e pedagogos ajudam a consolidar o sistema de aulas à distância adotado para o período da pandemia do novo coronavírus. Medidas reforçam ações da Secretaria da Educação e do Esporte para levar conteúdos aos alunos.
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04/05/2020 - 18:50
Editoria

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Os professores da rede estadual de ensino estão adotando medidas criativas para fidelizar os alunos no Aula Paraná, sistema de Ensino à Distância (EaD) adotado pelo Governo do Paraná por causa da pandemia do novo coronavírus. Entre as ações, estão conversas via WhatsApp, lives exclusivas e criação de ambientes físicos para aqueles que não tem internet.

“Adesão ao nosso sistema de Ensino à Distância tem sido alto e os professores estão também reforçando a ação da Secretaria de Educação, com ações proativas, cuidando para que o conteúdo escolar chegue aos alunos. Afinal, o EaD vale como calendário escolar e como nota”, reforçou o secretário estadual da Educação e do Esporte, Renato Feder.

Hoje a secretaria mantém em seu site tutoriais que explicam como acessar e como usar o Aula Paraná, Google Classroom (salas de aulas virtuais), vídeos–aulas em canais abertos e vídeos no Youtube. Tudo isto com gratuidade de pacote de dados.

No Sul do Estado, diretores, professores e pedagogos apostaram na comunicação via WhatsApp e desde então, perceberam uma maior participação dos alunos nas aulas EaD e na plataforma do Classroom.

O chefe de Núcleo Regional de Educação de União da Vitória, Carlos Polsin, conta que foi feito um trabalho em diversas frentes pela sua equipe. “Além do conteúdo postado pela secretaria, nós montamos uma série de tutoriais sobre acesso ao Classroom, criamos grupos de WhatsApp entre alunos e professores e incentivamos nossa equipe a acompanhar de perto cada aluno. Hoje, temos escolas que chegam a 91% de acesso ao Classroom”, conta Polsin.

Em Matinhos, Litoral do Paraná, a professora de matemática do Colégio Estadual Gabriel de Lara, Laís Cristina Ribeiro Malaguty, criou um canal no Youtube para oferecer aos alunos reforços das atividades. A iniciativa chamou à atenção dos estudantes, que passaram a assistir aos conteúdos EaD e usar o canal para complementar os estudos.

Na região de Cornélio Procópio, o professor Rafael Amaral Ferreira, está fazendo lives no Instagram para seus alunos. Utilizando o quadro e data show, ele tira dúvidas e reforça atividades com os alunos. Tudo de uma maneira leve e lúdica. “A cada 15 dias, marco um horário com os alunos de uma turma específica e faço uma live voltada para eles. Faço de uma maneira tranquila para que possam aprender no tempo deles”, explica o professor.

Os professores do Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio também criaram grupos de WhatsApp entre eles e para os alunos. A ideia é que esses grupos sirvam de tutoria para os estudantes e possam guiá-los da melhor maneira possível durante o ensino EaD.

ESCOLAS - Por outro lado, alunos no Estado que informam que não possuem acesso aos canais TV e às ferramentas online podem ire em suas escolas e retirar conteúdos e atividades impressas para dar continuidade aos estudos.

No Colégio Estadual do Campo Santa Rosa do Ocoi, em São Miguel do Iguaçu, o diretor Patrick Bellei disponibilizou uma sala da escola para os alunos que não possuem nenhum tipo de acesso possam dar continuidade ao processo de aprendizagem. “Oferecemos álcool em gel, máscaras e com auxílio de pedagogos e professores ajudamos esses alunos em seus conteúdos. Assim, eles não ficam em desvantagens com os outros colegas”, conta o diretor.

CLASSROOM - A Secretaria da Educação busca reforçar a importância dos alunos acessarem e realizarem as atividades postadas no Classroom. O diretor de Educação Roni Miranda Vieira explica que, quando o aluno acessa a plataforma, faz as atividades e deixa-as salvas o professor pode corrigi-las e dar presença ao estudante.

“O Classroom além de plataforma de exercícios e estudos é um meio do próprio professor acompanhar o rendimento do seu aluno e claro, confirmar se ele está mesmo estudando e entendo as aulas”, explica.

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