Produtores de São Jerônimo da Serra dão início à colheita de maçãs no Paraná

Primeiros produtos são da cultivar Eva, produzida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), e colhidos em São Jerônimo da Serra, no Norte do Estado. A seguir será a vez da variedade Gala, a ser extraída entre janeiro e março, complementada pela Fuji, do final de fevereiro até meados de maio.
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16/11/2023 - 16:33

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As primeiras maçãs saídas dos pomares de São Jerônimo da Serra, no Norte do Paraná, dão início à safra dessa fruta no Estado. São da cultivar Eva, desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). A informação está no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 10 a 16 de novembro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

“A baixa exigência em frio para a quebra da dormência invernal e a precocidade tornam a maçã Eva uma fruta de arrancada, dando início ao ciclo de colheitas da fruta”, salientou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista de Fruticultura no Deral. Segundo ele, a seguir será a vez da variedade Gala, a ser extraída entre janeiro e março, complementada pela Fuji, do final de fevereiro até meados de maio.

A maçã é cultivada em 33,3 mil hectares no Brasil, sendo a 14ª fruta em área, a 12ª em volumes colhidos, com 1,3 milhão de toneladas, e a 10ª em Valor Bruto de Produção (VBP), atingindo R$ 710,4 milhões em 2022. Santa Catarina, com 572,3 mil toneladas (54,7%), Rio Grande do Sul, com 435,3 mil toneladas (41,6%), e o Paraná, com 26,5 mil toneladas (2,8%), participam em 99% das colheitas nacionais.

As 26,5 mil toneladas do Paraná foram produzidas em 984 hectares, resultando em R$ 52,3 milhões de VBP em 2022. A produção estadual está mais concentrada na Região Metropolitana de Curitiba, Sudoeste do Estado e nos Campos Gerais. O município de Palmas é o principal produtor, com 8,5 mil toneladas, seguido pela Lapa (5,1 mil t), Campo do Tenente (4,5 mil t) e Porto Amazonas (3,3 mil t). A fruta tem presença comercial em outros 37 municípios do Paraná.

MILHO E SOJA – O plantio da primeira safra de milho 2023/24 caminha para o final. Nesta semana foram alcançados 96% da área de 314 mil hectares. As lavouras apresentam boas condições em 81% da área, enquanto 16% são consideradas medianas e 3%, ruins.

A soja está com 84% dos 5,8 milhões de hectares semeados. A cultura tem 88% de situação boa, 10% mediana e 2% ruim. De um modo geral, as condições dos últimos dias foram favoráveis para o avanço do plantio dos grãos.

FEIJÃO E TRIGO – O plantio do feijão avançou quatro pontos percentuais na semana e atingiu 90% da área de 111,4 mil hectares. O maior atraso está na região de União da Vitória, no Sul, onde apenas 25% dos 13 mil hectares foram plantados. De modo geral, a cultura se desenvolve lentamente. O solo encharcado dificulta os tratos culturais.

As chuvas nas últimas semanas prejudicaram a qualidade do trigo. Até o início de outubro, aproximadamente 70% da produção estimada em 3,8 milhões de toneladas tinha sido colhida em condições normais de pluviometria. Os 30% restantes foram atingidos pelas chuvas e as condições das lavouras se deterioraram. Resta 1% da área de 1,4 milhão de hectares para colher.

CARNE BOVINA E FRANGO – O boletim registra, ainda, que as exportações de carne apresentaram queda, principalmente em razão de baixa no pagamento feito pela China, responsável por cerca de 60% das importações. Em setembro de 2022 o país asiático pagava US$ 6.356 por tonelada, enquanto em setembro deste ano reduziu para US$ 4.662.

Sobre o frango, o registro do documento é que o custo de produção da ave viva em aviário tipo climatizado em pressão positiva, no Paraná, atingiu R$ 4,22 por quilo em setembro. O valor é R$ 0,04 por quilo menor que em agosto, e 23,31% menor que os R$ 5,49 por quilo de setembro de 2022.

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