Produção de leite cresce 35% no Sudoeste com trabalho da Emater

O Projeto Leite, de assistência aos pequenos produtores da região de Francisco Beltrão, resultou no aumento da produção de quase de 3 mil litros por mês por propriedade. Também caiu o custo da alimentação por litro produzido de R$ 0,65 para R$ 0,57.
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29/11/2019 - 11:10

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O trabalho do Instituto Emater com produtores da região de Francisco Beltrão trouxe um aumento médio de 35% na produção diária de leite por vaca, o que representa quase 3 mil litros a mais por mês em cada propriedade. O incremento na renda das famílias foi significativo e houve ainda redução do custo de produção.

De acordo com a Emater, a bovinocultura de leite está presente em todos os municípios do Sudoeste paranaense, envolvendo mais da metade das propriedades existentes nos 42 municípios da região. Em função da grande importância da atividade, o instituto programa seus trabalhos de bovinocultura de leite como prioridade nas regiões de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Pato Branco.

O foco do Projeto Leite é aumentar a renda das famílias com a melhoria da eficiência produtiva da propriedade, profissionalizando os produtores. O Instituto Emater tem em seu planejamento trabalhos direcionados à difusão de tecnologias e à gestão das propriedades.

Na região de Francisco Beltrão os produtores assistidos recebem assistência técnica com frequência e continuidade, para que possam ter um acompanhamento mais próximo e que obtenham melhores resultados de produção e produtividade.

Há um ano os extensionistas responsáveis por acompanhar os produtores do projeto iniciaram ações específicas no trabalho com as propriedades leiteiras – nutrição de precisão e gestão da propriedade.

A nutrição de precisão tem como objetivo buscar a máxima eficiência na alimentação do rebanho, priorizando o atendimento das exigências de cada um dos animais, sempre se baseando na eficiência produtiva e na redução de custos. A gestão da propriedade serve para tornar o produtor um empresário e o ajuda a assumir o controle de sua empresa, a propriedade leiteira. Para funcionar, a anotação de dados, principalmente das despesas, deve ser precisa e confiável.

RESULTADOS - Em novembro, o trabalho de orientação aos produtores assistidos completa um ano. Os técnicos organizaram um evento para apresentar os resultados conquistados no período, aproveitando a presença de produtores de vários municípios da região. Também foram promovidas palestras com os temas Manutenção, regulagem e higienização de ordenhadeiras, Tecnologias na mineralização de bovinos leiteiros e Somatotropina para aumento da produção de leite.

Estiveram presentes autoridades da Secretaria de Agricultura de Francisco Beltrão, Instituto Emater, Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, entidades parceiras, técnicos e alunos do Centro Estadual de Educação Profissional do Sudoeste.

A apresentação dos resultados foi coordenada pelo médico veterinário Jorge Accioly e pela zootecnista Mylena Peres, ambos do Instituto Emater de Francisco Beltrão. Os extensionistas explicaram aos produtores como as ações de gestão e nutrição aumentaram a produtividade do rebanho, superando 20 litros por vaca por dia, em média.

Além disso, o custo médio da alimentação caiu de R$ 0,65 por litro de leite produzido para R$ 0,57. “Isto significa mais dinheiro no bolso do produtor, qualidade de vida da família e mais investimentos na propriedade”, disse Accioly.

A extensionista Mylena Peres afirma que quando o produtor assume que produzir leite é sua profissão, os resultados melhoram. “É importante que o produtor se atualize constantemente com as tendências do mercado. Para se manter competitivo na atividade é essencial conhecer as oportunidades, buscar capacitação, unir forças e produzir leite com qualidade, sustentabilidade e rentabilidade”, destaca.

Jorge Accioly acrescentou que o planejamento do trabalho para o próximo ano terá a repetição das ações de sucesso, e que já existe demanda de outros produtores que conheceram o trabalho. “A equipe do Instituto Emater mantém o foco na profissionalização da atividade, dando ênfase à gestão da propriedade, envolvendo toda a família, capacitação constante dos produtores, envolvimento de filhos para haver sucessão, com monitoramento dos pontos críticos da atividade”, destacou.

Para os produtores já assistidos existe a ideia de formar grupos de estudos, com reuniões mensais no escritório do Instituto Emater para aprimorar a gestão financeira e o balanceamento da dieta das vacas. O objetivo do trabalho é fazer com que os empresários rurais tenham cada vez mais conhecimento para tomar as decisões mais adequadas para suas propriedades.

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