Prestígio internacional: Balé Teatro Guaíra se apresentará em Portugal após 43 anos

Corpo de dança do Centro Cultural Teatro Guaíra, que já encantou mais de 1 milhão de pessoas em espetáculos no Brasil e no mundo, volta a Portugal após 43 anos. Além da turnê, a viagem também será marcada por uma exposição fotográfica no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa.
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27/02/2025 - 12:50
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Mais de quatro décadas se passaram desde que os passos precisos e vibrantes do Balé Teatro Guaíra (BTG) tocaram palcos portugueses. Em março de 2025, a companhia paranaense retorna a Portugal para transformar movimento em poesia, com coreografias que refletem um mundo em constante mutação. Os espetáculos “V.I.C.A”. e “Castelo” traduzem o espírito do tempo atual por meio da potência da dança contemporânea brasileira, e agora serão apresentadas para o público de Leiria, Lisboa, Loulé, Torres Vedras e Torres Novas.

Por meio da parceria Centro Cultural Teatro Guaíra, Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra e Arte Institute, a turnê será a primeira em solo português desde 1982. A viagem não só marca a volta da companhia a Portugal, mas também fortalece ainda mais o diálogo cultural entre Brasil e Europa

Além disso, reforça o prestígio internacional do Balé Teatro Guaíra, que já encantou mais de 1 milhão de pessoas em espetáculos realizados pelo Brasil e no mundo. Ao todo, 12 bailarinas e bailarinos participarão das apresentações que acontecerão nos dias 14, 15, 18, 21 e 22 de março.

Para diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra - CCTG, Cleverson Cavalheiro, iniciar a temporada da companhia com apresentações em Portugal é uma honra, ainda mais com duas coreografias que já foram bem recebidas pela plateia no outro lado do Atlântico. “Temos certeza de que o público vai se emocionar com essas belíssimas produções”, afirma.

RELAÇÃO ARTÍSTICA – Como destaca o diretor artístico do CCTG, Áldice Lopes, a turnê do Balé Teatro Guaíra em Portugal é a continuação de uma relação artística iniciada em 1979, quando Carlos Trincheiras, após anos na Fundação Gulbenkian – instituição portuguesa que promove a arte, a ciência, a educação e a beneficência –, assumiu a direção da companhia paranaense.

Durante 14 anos, ele promoveu um intercâmbio que resultou em espetáculos marcantes, como “O Trono” e “Mandala de Maria Bueno”, ambos beneficiados por colaborações da instituição portuguesa. Mais tarde, essa conexão levou “O Grande Circo Místico” ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa, ampliando ainda mais o alcance do BTG no cenário internacional.

Agora, com apresentações em cinco cidades portuguesas, a companhia reforça esse elo. “Essa turnê é uma consequência natural do que foi construído ao longo dos anos. Desde 1979, essa relação se desenvolve, e seguimos expandindo nossos horizontes com essa nova jornada”, afirma Lopes. Para ele, o intercâmbio entre Brasil e Portugal, especialmente no campo da dança, é um exemplo da potência que a cultura tem para unir territórios e atravessar gerações.

COREOGRAFIAS – As coreografias refletem experiências recentes na história da humanidade: “V.I.C.A.”, da coreógrafa Liliane de Grammont, marcou o retorno do BTG aos palcos após a pandemia e transforma o caos em movimento com uma trilha sonora vibrante e foco na coletividade.

Já “Castelo”, coreografia de Alessandro Sousa Pereira, aborda as defesas emocionais em tempos incertos e traz um olhar sobre tensão entre proteção e vulnerabilidade, evocando a ideia de que nossos próprios "castelos" emocionais podem ser tanto refúgios, quanto prisões.

Na visão do diretor do Balé Teatro Guaíra, Luiz Fernando Bongiovanni, o programa trazido para a turnê visa colaborar para gerar conscientização e transformar a realidade. “Para nós parece relevante propor conteúdos que possam acender um diálogo interno e externos para pensar a existência através de um espetáculo de dança, teatro, música, texto. Essa tem sido uma das diretrizes fundamentais desta gestão do Balé Teatro Guaíra”, afirma.

A turnê do BTG por Portugal é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Sanepar e Compagas, produção internacional do Arte Institute, e realização da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra, PalcoParaná, Centro Cultural Teatro Guaíra, Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do Paraná, Ministério da Cultura e Governo Federal: Brasil, União e Reconstrução.

EXOSIÇÃO NO AEROPORTO – Além da turnê, a viagem também será marcada por uma exposição fotográfica no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa. As imagens permitirão ao público que transitar o espaço o histórico da companhia, sendo que a maioria delas integra o livro “Balé Teatro Guaíra – 52 anos de uma história da dança paranaense”, escrito pela historiadora Cristiane Wosniak e lançado em 2022.

Entre os registros, estão cliques de fotógrafos como Cayo Vieira, Gastão Lima, Tom Lisboa, Marcos Pereira, Sergio Vieira e Vitor Dias.

Fundado em 1969, o Balé Teatro Guaíra é a terceira companhia pública mais antiga do Brasil e um dos pilares da dança no País. Com mais de 150 coreografias em seu repertório, o BTG já passou por 200 cidades, 17 estados e cinco países. Sucessos como "O Grande Circo Místico", "Lendas do Iguaçu" e "O Lago dos Cisnes" marcam sua trajetória e consolidam a companhia como referência artística no Brasil e no mundo.

Apresentações:

Leiria

14/03 (sexta-feira)

21h

Teatro Miguel Franco

(R. Dr. Correia Mateus 40, 2400-137 Leiria, Portugal)

Lisboa

15/03 (sábado)

18h30

Teatro Camões

(Passeio Neptuno, 1990-193 Lisboa, Portugal)

Loulé

18/03 (terça)

21h

Cineteatro Louletano

(R. Dr. Frutuoso da Silva, 8100-501 Loulé, Portugal)

Torres Vedra

21/03 (sexta-feira)

21h30

Teatro- Cine de Torres Vedras

(Av. Ten. Valadim 19, 2500-809 Torres Vedras, Portugal)

Torres Novas

22/03 (sábado)

21h30

Teatro Virgínia

(Largo José Lopes dos Santos, 2350-686 Torres Novas, Portugal)

Exposição de fotografias do BTG

Última semana de fevereiro a meados de março

Área de desembarque do Aeroporto Humberto Delgado

(Alameda das Comunidades Portuguesas, 1700-111 Lisboa, Portugal)

Posteriormente, a exposição será transferida para os teatros de Leiria, Torres Vedra e Torres Nova, juntamente com as apresentações, e retorna para o aeroporto até final de abril.

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