A população indígena do Paraná tem sido destaque nos índices de adesão às campanhas de vacinação no Paraná. De acordo com levantamento realizado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Litoral Sul (DSEI/LSUL), órgão responsável por organizar o cuidado em saúde na atenção primária dos indígenas no Estado, cerca de 45% dos indígenas aldeados já foram vacinados contra Influenza, sendo, desta forma, o grupo prioritário com maior cobertura vacinal até o momento.
Com relação às vacinas contra Covid-19, os indivíduos maiores de 18 anos estão com esquema vacinal completo (10.693/96,99%) e cerca de 97% dos indígenas que vivem em aldeias no Estado estão com todas as vacinas que contemplam o calendário vacinal em dia. Depois deles, os grupos que também acompanham bem o calendário são idosos e puérperas.
Esse índice positivo é resultado do esforço conjunto e apoio à realização das ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), as prefeituras e a União. Neste Dia dos Povos Indígenas (19), a pasta destaca as atividades desenvolvidas para garantir os direitos e ampliar o acesso ao cuidado integral à saúde desta população.
A responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI) é a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde (MS), que, por sua vez, é composta pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) – no Paraná, o DSEI/LSUL.
“A Sesa atua de forma complementar na execução das ações de saúde e busca discutir, tomar decisões e propor políticas públicas e linhas de cuidado específicas para a população indígena. Tudo isso para articular e desenvolver ações estratégicas voltadas à saúde desta população no Paraná em todos os níveis de atenção”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Junto com as Regionais de Saúde, municípios com aldeias indígenas e com o DSEI/LSul, a Sesa realiza reuniões técnicas onde são discutidas estratégias para melhorar a qualidade da assistência em saúde da população indígena.
Como estratégia para identificar e reconhecer necessidades de saúde mental em grupos vulneráveis como os indígenas, a Sesa utiliza o Instrumento de Estratificação de Risco em Saúde Mental, o que possibilita qualificar o compartilhamento do cuidado entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e a atenção especializada em saúde mental.
“O objetivo é fortalecer a Rede de Atenção à Saúde promovendo a igualdade dos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para as populações específicas que vivem em contextos de vulnerabilidade”, explicou a coordenadora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
DADOS – De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Paraná estima-se que a população indígena seja de 25.915 pessoas. Destes, cerca de 17 mil indígenas vivem em 67 aldeias, distribuídas em 30 municípios paranaenses e os demais vivem nos centros urbanos.