Os Portos do Paraná querem aumentar o volume de produtos e serviços contratados de fornecedores do Litoral, em especial de empresas de micro e pequeno porte. Nesta sexta-feira (24), uma reunião entre a administração portuária e o Sebrae-PR discutiu as possíveis iniciativas para desenvolver a cadeia produtiva local e este tipo de empreendimento.
A intenção é qualificar os fornecedores e incentivar os pequeno e microempresários a participar dos processos de compra. “Queremos atuar como vetores do desenvolvimento, gerar emprego e renda para quem mora em Paranaguá, Antonina e toda região”, explica o presidente dos Portos, Luiz Fernando Garcia.
Uma das propostas neste sentido é a adesão ao Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, do Sebrae, que prevê cursos, palestras, oficinas, diagnósticos, consultorias e orientações, todos voltados para empresas interessadas em atender o Poder Público.
Segundo o diretor-superintendente do Sebrae-PR, Vitor Roberto Tioqueta, o Porto de Paranaguá é hoje o maior comprador de bens e serviços de todo Litoral. “Quanto mais o porto conseguir comprar de fornecedores locais, principalmente das pequenas empresas, mais desenvolvimento teremos”, destaca. “Para isso, é preciso que estes fornecedores tenham produtos e serviços de qualidade, façam um bom atendimento, atendam no prazo, com o mínimo de falhas e o máximo de satisfação”, completa.
Todas as contratações feitas pelos Portos do Paraná respeitam a Lei Federal 866 de 1993, que garante tratamento privilegiado e favorecido às empresas de micro e pequeno porte. Com base na Lei 147, de 2014, as licitações também dão preferência a estes estabelecimentos.
INOVAÇÃO - A reunião tratou, ainda, do início de uma série de encontros para criar estratégias de inovação na atividade portuária. “O Sebrae tem experiência em desenvolver políticas disruptivas e o os Portos do Paraná sentem a necessidade de trazer isso aos nossos serviços e clientes”, explica Garcia.
O presidente do Conselho Administrativo dos Portos do Paraná e representante da Federação da Agricultura do Estado (Faep), Nilson Hanke Camargo, disse que essa foi uma necessidade apontada para atender o crescimento do setor produtivo. “O mercado mundial exige inovações constantes para tornar as operações mais eficientes. Vai além de uso de tecnologia, mas também em criar novas alternativas”, ressalta.