A Portos do Paraná autorizou nesta quinta-feira (13) a ordem de serviço para o início das obras de manutenção e reforço da segurança no Píer Público de Granéis Líquidos (PPGL), no Porto de Paranaguá, no Litoral. Serão investidos cerca de R$ 29 milhões na execução da obra. O projeto básico que embasou a licitação foi elaborado em conjunto com os operadores do PPGL, considerando as principais necessidades voltadas à segurança das operações no local.
A obra prevê a construção de um novo dolfim (estrutura portuária fixa) para a amarração e atracação de navios. A estrutura contará com uma passarela metálica equipada com um moderno sistema de atracação a laser e ganchos de amarração de desengate rápido. Também será feita a substituição das defensas (responsáveis por minimizar o impacto das embarcações na atracação), a recuperação da pavimentação de todo o píer, incluindo a sinalização vertical e horizontal, além de adequações na parte elétrica.
A elaboração do projeto e a execução da obra terão duração prevista de aproximadamente 420 dias. “Por ser uma obra em área classificada - ambiente onde pode haver presença de gases ou vapores inflamáveis - alguns trabalhos não poderão ser executados enquanto o navio estiver operando, o que demonstra a complexidade da obra”, explicou o diretor de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, Victor Kengo.
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PÍER PÚBLICO – Construído na década de 1940, o Píer Público de Granéis Líquidos (PPGL) atende atualmente cinco terminais nos berços de atracação 141 e 142: Petrobras/Transpetro, Liquipar, Catallini, CBL e TERIN. Nestes berços, são movimentadas cargas como óleo bruto de petróleo, óleo diesel, metanol e diversos tipos de gasolina. Operacionalmente, o sistema de dutos de cada empresa possui estrutura individual, conectando o terminal diretamente ao navio atracado em um dos berços do PPGL.
PRODUTIVIDADE – Em 2024, o PPGL foi responsável por 53,3% da movimentação de granéis líquidos nos portos paranaenses. Um dos destaques foi o óleo de soja, que, em janeiro de 2025, movimentou 63,8 mil toneladas, representando 72,48% da movimentação nacional. O valor FOB da operação – que corresponde ao custo e ao preço do produto no momento em que sai do local de origem – superou os US$ 65 milhões, segundo dados do governo federal (Comex Stat).
O óleo de soja foi o principal responsável pela retomada do crescimento na categoria de óleos vegetais, que inclui produtos como óleo de palma e de coco. Em janeiro de 2024, a movimentação de óleos vegetais alcançou 81,5 mil toneladas, um volume 225% maior que no ano anterior.