A Portos do Paraná promoveu uma capacitação para atendimento a emergências ambientais. A Diretoria de Meio Ambiente realizou o treinamento Comandante em Cena (On Scene Commander), nos padrões da Organização Marítima Internacional (OMI), ministrado através da empresa aLBriggs, certificada internacionalmente pelo The Nautical Institute.
A capacitação, concluída nesta quinta-feira (25), envolveu principalmente os colaboradores, mas também membros da Marinha do Brasil, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Defesa Civil do Estado e de Paranaguá.
O objetivo do treinamento, que incluiu cerca de 20 pessoas, é que os participantes tenham uma visão completa de como funciona um atendimento a derramamento de petróleo. O foco é treinar as pessoas envolvidas em uma Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), que deve ser montada de acordo com a o Plano de Emergência Individual (PEI) dos portos do Paraná, atendendo a Resolução Conama 398/2008.
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Para o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, esse treinamento oferecido aos colaboradores é um dos diferenciais da empresa pública. “Estamos sempre pensando à frente, treinando e certificando nossos colaboradores e os agentes dos órgãos intervenientes, buscando sinergia para garantir a melhor qualidade de atendimento em caso de emergência”, explicou.
CERTIFICAÇÃO – Andréa Almeida, analista portuária e bióloga da Portos do Paraná, conta que parte da equipe que trabalha direto com meio ambiente já tinha realizado esse curso em 2017. “É um treinamento para gerenciamento de emergências, não para aqueles que farão atendimento em campo, e sim para os que vão ficar dentro de uma sala de crise, fazendo gerenciamento e tomando decisões no atendimento a uma emergência ambiental”, explica.
Segundo a analista ambiental do Ibama Taís Michele Fernandes, o treinamento é muito importante porque aborda todas as etapas de uma situação de emergência. “Podemos observar todas as ações que temos que adotar para minimizar perdas de vida e a questão ambiental, assim como entender como tratar e quais ações e atitudes que temos que ter para resolver o incidente rapidamente, da forma mais eficaz possível”, afirma.
METODOLOGIA – Foram seis dias de capacitação, quatro de teoria e os dois últimos com exercício prático, chamado de “table top”, no qual é simulado um derramamento de óleo e os alunos têm que usar toda habilidade adquirida no curso para gerenciar da melhor forma possível o evento simulado.
“Aqui ensinamos que é preciso observar os objetivos da operação. O primeiro é a preservação de vidas humanas, saber se existem vítimas e qual a gravidade. Em segundo lugar é fazer o máximo para evitar o dano ambiental, que é a contaminação do meio ambiente”, salienta Anderson Santos, instrutor da aLBriggs.
Para o profissional, existe ainda um terceiro objetivo no treinamento: manter a reputação da empresa. De acordo com ele, isso ocorre comunicando os órgãos ambientais e a imprensa, de modo geral. “Esses objetivos devem estar bem alinhados para um bom gerenciamento”, explica.
Apesar de o exercício ter foco na coordenação de um atendimento a derramamento de óleo, as práticas repassadas podem ser aplicadas em qualquer sala de gerenciamento de crise, independentemente de tipo do acidente ambiental a ser gerenciado.