Portos do Paraná instala novas composteiras em escolas da Ilha do Mel

A compostagem é feita pelos próprios alunos sob a orientação da coordenação do projeto Compostar para Cultivar, a partir de restos vegetais da merenda escolar, garantindo um processo controlado e eliminando animais indesejáveis ou odores.
Publicação
25/05/2023 - 17:50

Confira o áudio desta notícia

O Projeto Compostar para Cultivar, coordenado pela diretoria de Meio Ambiente da Portos do Paraná, iniciou nesta quarta-feira (24) as atividades de duas novas composteiras em escolas na Ilha do Mel. Este é um dos 15 projetos desenvolvidos pela empresa pública nas comunidades localizadas na área de influência dos portos paranaenses.

Participaram da inauguração alunos da Escola Municipal do Campo Teodoro Valentim e do Colégio Estadual do Campo Felipe Valentim, em Encantadas, e da Escola Estadual Lucy Requião e Escola Municipal Nova Brasília, do outro lado da ilha. Enquanto isso, o trabalho iniciado em 2022 pelos alunos, quando a primeira composteira foi instalada, permanece ativo aguardando o período de processamento do resíduo orgânico.

A bióloga Jaqueline Dittrich destaca o envolvimento da comunidade escolar, que abraçou a ideia e a disseminou para toda a região. “O projeto contempla também moradores e donos de estabelecimentos que têm interesse em fazer a compostagem, pois a gestão de resíduos é mais complexa na ilha e eles próprios, muitas vezes, precisam dar uma destinação correta aos resíduos orgânicos”, afirma.

A compostagem é feita pelos próprios alunos sob a orientação da coordenação do programa, a partir de restos vegetais da merenda escolar, garantindo um processo controlado e eliminando animais indesejáveis ou odores.

A coordenadora do projeto na Ilha do Mel, Paula Beruski, conta que as novas composteiras foram construídas pela alta na demanda de resíduos gerados pela merenda escolar. “Hoje é compostado todo o resíduo orgânico vegetal da sobra da merenda de quase 100 alunos”, afirma.

Segundo a coordenadora, o projeto também é importante por ir além da escola e ter impacto direto na comunidade. “Traz uma solução para as famílias para reaproveitar. Além de facilitar o que fazer com o resíduo, também vira adubo para cultivar em um local onde é só areia”, completa.

Para a coordenadora educacional Daniele Conti, o projeto auxilia diretamente na conscientização dos alunos da Ilha do Mel. “A educação ambiental tem que estar inserida em sala de aula e no currículo dos alunos”, defende.

Luara, estudante do 8º ano, garante que aplica na prática o aprendizado na escola. “Levei o composto para a minha casa, minhas plantas já estão todas grandinhas”, comemora.

Em 2022, por meio do projeto, cerca de uma tonelada de resíduos orgânicos foi compostada pelos alunos em duas composteiras na Ilha do Mel. Todo o material foi preparado, pesado, ensacado e rotulado para distribuição aos alunos. Outra parte do composto foi vendido para a comunidade da ilha e o dinheiro revertido para a associação de pais e mestres.

GALERIA DE IMAGENS