A Portos do Paraná, empresa pública que administra os portos de Paranaguá e Antonina, promoveu nesta segunda-feira (24) uma ação para incentivar o consumo de peixes nativos, como robalo, corvina, pescada e linguado.
Equipes falaram sobre a valorização da pesca artesanal em restaurantes, hotéis, marinas e pontos de embarque para as ilhas do Litoral. Hoje, cerca de 6 mil famílias da região vivem com a renda da atividade.
“Comprar do pescador artesanal é uma forma de ajudar famílias que sofrem os impactos da pandemia da Covid-19. Queremos que os turistas e os moradores entendam a importância de prestigiar estes trabalhadores e que comprar deles é uma forma de alavancar as microeconomias locais”, explica o diretor de Meio Ambiente da empresa, João Paulo Santana.
“São peixes extremamente saborosos e com muita qualidade. Nossos pescadores trazem frescos, todos os dias, e são opções ótimas no lugar da tilápia, criada em cativeiro, ou mesmo o salmão, que vem de fora do país”, destaca.
- Porto de Paranaguá começa a receber milho de importação
- Mutirão contra dengue chega a comunidades isoladas do Litoral
CAMPANHA – Além de panfletos, a Portos do Paraná veiculou outdoors em Paranaguá e cidades litorâneas e “spots” de rádios nas principais emissoras da região. A campanha faz parte dos programas de Educação Ambiental e Comunicação Social, que integram as condicionantes da licença de operação concedida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
A ação também vai ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, e dos quais a Portos do Paraná é signatária.
A campanha se encaixa no 14º objetivo: “Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável”.
PESCA ARTESANAL – Caracterizada pela produção em baixa escala, a pesca artesanal apresenta importância econômica e social para as comunidades residentes ao longo da costa brasileira. Exercida por produtores autônomos, que utilizam técnicas tradicionais de pesca e pequenas embarcações, a prática apresenta baixo lucro e rendimento, porém contribui para a seguridade alimentar de milhares de famílias e a erradicação da pobreza.
Embora realizada em pequena escala, ela é responsável por metade do pescado consumido pela população e emprega 25 vezes mais trabalhadores do que a pesca industrial (aproximadamente 12 milhões de pessoas).