A empresa pública Portos do Paraná, através de sua Diretoria de Meio Ambiente, promoveu nesta terça-feira (15) um simulado de atendimento a vazamento de óleo. A ação envolveu diversos departamentos do porto, autoridades e agentes ambientais. O objetivo foi aprimorar ainda mais o serviço, para que a contenção do óleo em caso de atendimento a uma situação real aconteça de forma coordenada, rápida e eficiente.
Para o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, a avaliação da ação foi extremamente positiva. “Tivemos participação de diversas diretorias, repartições e áreas de atuação em diferentes frentes de ação junto ao porto. Um problema ambiental envolve todo porto”.
O diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Ribeiro Santana, explicou que a ação faz com que as pessoas comecem a se apropriar da ideia de que um exercício simulado é muito importante. “Serve para que todos tomem propriedade pra si da responsabilidade da sua área de atuação, promovendo o atendimento de forma mais rápida e mais eficiente possível, para minimizar o máximo o impacto ambiental em decorrência de um eventual caso real que possa acontecer”.
Para Santana, mesmo tendo atendido a ocorrência de forma rápida, foi possível identificar pequenos ajustes que podem ser feitos para que essa resposta seja ainda mais rápida.
De acordo com André Wolinski, coordenador de operações da Albriggs, empresa contratada para defesa ambiental, os simulados são previstos no plano de emergência individual do porto, e servem para atestar a sua eficiência. “É um privilégio participar de um simulado com tantos profissionais e departamentos envolvidos, eu só tinha visto isso em empresas petrolíferas, em porto é a primeira vez”, afirmou Wolinski.
A OPERAÇÃO – Bambolês com isopores foram lançados ao mar, com objetivo de simular uma mancha de óleo. Com situação adversa, de maré baixa, chuva e vento sul de cerca de 20km/h, os bambolês se deslocaram mais rápido que o óleo se deslocaria, o que deixou o cenário da simulação mais crítico. “Foi preciso agir rápido para evitar o contato de óleo na costa, que não aconteceu.”, salientou Wolinski.
OS EQUIPAMENTOS – Foram utilizadas quatro embarcações, equipamentos de recolhimento, barreiras de contenção e barreiras absorventes. Também foi montada sala de gerenciamento de crise, com suporte de diversos equipamentos necessários, como mapas náuticos, computadores, rádios comunicadores, entre outros.
Participaram da ação a Presidência, Diretoria de Meio Ambiente, Diretoria de Operações, Asscom, Guarda Portuária, Funespar com quem o porto mantém convênio para o atendimento à ocorrência de fauna oleada e pessoal de ação de atendimento à prontidão ambiental da Allbrigs. Além disso, é realizado simulação de informação da ocorrência com órgãos externos, tais como Ibama e IAP.
REGISTRO - Tudo que acontece durante o simulado, assim como orientações repassadas, saídas de embarcações e ações externas são registras pontualmente por um profissional na Sala de Crise. O simulado desta terça-feira teve início 8h50 e a remoção total da mancha de óleo se deu exatamente 11h29. São feitos dois simulados por ano, o treinamento é mensal.