O Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá (Corex) está em manutenção. Enquanto a nova safra de soja ainda não foi colhida, a outra ponta da cadeia logística faz os ajustes e melhorias na estrutura e no sistema operacional para atender a demanda de escoamento que deve se intensificar a partir de março.
Segundo a Diretoria de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, quatro empresas (contratadas em licitações ainda no ano passado) fazem as manutenções necessárias para garantir eficiência e produtividade.
“Iniciamos em novembro de 2020, pelo berço 212, e vamos finalizar agora no final de janeiro. Em dezembro fizemos os ajustes no 213. Atualmente, já estamos no berço 214, o último do Corredor”, afirma o diretor de Engenharia, André Cassanti Neto.
São cerca de R$ 15 milhões investidos em manutenção elétrica, de automação e mecânica em todas as seis linhas, shiploaders (equipamentos para carregamento dos navios) e subestações, além dos serviços que estão sendo feitos nas moegas, tombadores e silos públicos (vertical – silão, e horizontais – da faixa).
A manutenção nesta época é planejada ao longo de todo o ano e envolve contratação de empresas terceirizadas, compra de material e outros fatores. “Após um ano de intensa movimentação, é preciso fazer a conservação eletromecânica de todos os equipamentos para começarmos o ano preparados para movimentar toda demanda que vier”, afirma o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.
MOVIMENTO – Apesar da queda registrada nas exportações de grãos e farelo pelos três berços do Corredor Leste no ano passado em comparação com o ano de 2020, foram mais de 16,7 milhões de toneladas de carga movimentada pelo complexo em 2021.
André Maragliano, diretor da Associação dos Operadores Portuários do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá (Atexp), disse que a expectativa dos operadores do Corredor é de um ano muito bom. “Ainda que o mercado esteja esperando uma nova quebra na produção de soja no Paraná, devido às condições climáticas, principalmente a falta de chuva, devemos movimentar um volume expressivo de carga pelo corredor”, afirma.
Segundo ele, a expectativa é muito boa, principalmente para a próxima safra de milho. “Em geral, para o Brasil, esperamos volumes recordes, mais uma vez. O que falam no mercado é que a demanda será grande para os portos do país e, no Paraná, não será diferente”, completa.