Porto de Antonina exporta
farelo de soja não transgênica

Para atender a demanda, terminal investe na qualidade dos armazéns e em alto padrão de controle sanitário. Meta é carregar até 350 mil toneladas do produto em 2019. Principais destinos são Holanda, Alemanha e Noruega.
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26/03/2019 - 16:30

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O navio Puma está atracado no Porto de Antonina para embarcar 22,5 mil toneladas de farelo de soja convencional, não transgênico. A operação exige estruturas segregadas e mão de obra altamente capacitada, por isso é especial. Este é o segundo navio que carrega o produto, neste ano. A meta é alcançar entre 300 e 350 mil toneladas até dezembro.

O produto exportado é paranaense e tem como principais destinos Holanda, Alemanha e Noruega.

“Este tipo de carga requer cuidados específicos, desde o trajeto até o porto, passando pela armazenagem e, enfim, o carregamento do navio. Poucos terminais têm estrutura para essa operação e é um diferencial oferecer o serviço em um terminal paranaense”, explica o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

A operação é feita pela empresa Terminais Portuários da Ponta do Félix. O presidente Gilberto Birkhan diz que atualmente são quatro armazéns separados com capacidade para armazenar 35 mil toneladas do farelo convencional.

“Esses armazéns são certificados. Para atender essa demanda, eles receberam melhorias e mantemos uma série de protocolos e cuidados porque por não ser transgênico esse produto tem que ser separado dos demais. Qualquer contaminação compromete a operação, a qualidade e o valor do produto”, explica.

Segundo Birkhan, poucos portos no Brasil conseguem atender todas as especificidades dessa operação. “Essa vantagem de Antonina beneficia toda a cadeia, principalmente o produtor que sofre com as restrições logísticas para operar essa carga, em menor volume, mas maior valor agregado”, afirma. “Temos condições para atender produtores de todos os estados brasileiros”, acrescenta.

OPERAÇÃO - Além dos armazéns, o contêiner que recebe a carga também passa por um rígido protocolo sanitário prévio. O recipiente é carregado do produto. Um caminhão faz o transporte até o cais, onde um guindaste levanta o contêiner e o coloca no porão do navio. Dentro do porão, as portas laterais são abertas para o escoamento. Durante todo o trajeto, o farelo não tem contato com nenhum outro produto.

Nessa operação, desde o recebimento da carga até o carregamento do navio, são 16 trabalhadores portuários envolvidos, por turno.

A prancha média para o carregamento do navio tem sido de cerca de cinco mil toneladas, por dia. Ou seja, para carregar as 22,5 mil toneladas (em condições meteorológicas favoráveis) são necessários quatro dias e meio de operação.

O produto é operado desde dezembro de 2015, quando o primeiro navio carregou 25 mil toneladas. Até o momento, já são mais de 855 mil toneladas de farelo de soja não transgênica exportadas por Antonina.

Um terceiro navio para receber o produto no Porto de Antonina já está nomeado e deve atracar em meados de abril.

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