Trinta e cinco policiais militares do Paraná e de Santa Catarina se formaram no Curso de Controle de Distúrbios Civis (CCDC) da Companhia de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A solenidade foi nesta quarta-feira (11), na Associação da Vila Militar, em Curitiba.
Para o chefe do Estado-Maior da PM do Paraná, coronel Lanes Randal Prates Marques, o curso é um dos mais importantes ofertados pela corporação.“Estes policiais são o que temos de melhor, ajustados com as melhores técnicas. Eles conseguem aplicar a lei de forma integral, garantindo a ordem pública”, disse.
Para o comandante do Bope, tenente-coronel Rui Noé Barroso Torres, essa especialização é tão importante quanto o policiamento feito no dia a dia. “Uma manifestação, ou grandes eventos, em segundos pode sair do controle e é nesse momento que quem tem esse curso atua com o conhecimento para lidar com a situação de forma técnica, pela preservação de vida e da lei e da ordem”, disse ele.
Segundo o coordenador do curso, tenente Erlington Jose Medeiros de Barros, foram 395 horas-aulas de exercícios que exigiram esforço psicológico e físico de cada aluno. “Os militares estaduais foram submetidos a diversas instruções, como tiro policial e técnicas de tecnologias não letais. Agora são multiplicadores desse conhecimento e especialistas no controle de multidões”, afirmou.
REFERÊNCIA - O primeiro colocado da turma, sargento Adriano Cubas, da Polícia Militar de Santa Catarina, falou sobre a experiência de participar de um curso que é referência no Brasil. “Durante todo esse período fomos submetidos a várias situações, conseguimos verificar nossos limites e saber que podemos resistir a adversidades”, contou. “Estou levando um conhecimento muito bom para meu estado e poderei replicar lá”.
O sargento Hidalgo Haragano Silva, do 26º Batalhão de Polícia Militar (26º BPM), foi um dos 27 militares estaduais que vieram do interior para participar do Curso de Controle de Distúrbio Civis. “Desde que eu entrei na PM é um dos meus sonhos concluir esse curso, agora poderei voltar e espalhar esse conhecimento”, disse. “Nossa unidade é um pouco carente de militares com cursos especializados, às vezes dispomos de material, mas não do conhecimento técnico. Será de grande valia para mim e para os outros da região.”
Mesmo já fazendo parte do Pelotão de Choque, o soldado Fernando Ferreira dos Santos disse que a busca pelo conhecimento e a possibilidade de multiplicar a doutrina foi um dos motivos pelo qual ingressou no curso. “É uma realização pessoal, uma satisfação esse sentimento do dever cumprido”.