Polícia prende grupo que aplicava golpe de pirâmide financeira

Estimativa é que as vítimas teriam perdido mais de R$ 30 milhões para a quadrilha. Os suspeitos atraíam investimentos para uma empresa com a promessa de que geraria um retorno financeiro de 30% sob o capital destinado no curto período de três meses.
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16/10/2019 - 17:20

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu seis pessoas envolvidas com crime de pirâmide financeira, na manhã desta quarta-feira (16), em Curitiba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Conforme apurado, o grupo criminoso teria adquirido mais de R$ 30 milhões com os golpes.

Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços relacionados aos criminosos. Durante as buscas, a PCPR apreendeu duas BMW, diversos relógios de luxo, dois revólveres e várias munições. As armas estavam em posse do segurança de uma casa de jogos, situada em São José dos Pinhais, que era de propriedade de um dos investigados.

De acordo com as investigações, o grupo recrutava pessoas para fazer investimentos na empresa, com a promessa de que geraria um retorno financeiro de 30% sob o capital destinado no curto período de três meses. Os suspeitos ofereciam investimentos na bolsa de valores, entretanto nenhum deles era credenciado junto à Comissão de Valores Mobiliários para poder oferecer o serviço.

No curso das investigações, a PCPR verificou que algumas vítimas que investiam valores mais baixos chegavam a ser pagas como forma de atrair outras vítimas. O objetivo era atrair cada vez mais pessoas, que fizeram investimentos cada vez mais altos. Elas eram induzidas a não mexer no dinheiro investido, razão pela qual demoravam a se dar conta que haviam perdido tudo.

Em um dos casos, os suspeitos chegaram a forjar um contrato de garantia de veículo, avaliado em R$ 67 mil, prometendo rentabilidade de 50% em três meses. Há vítimas que chegaram investir mais de R$ 500 mil e perderam todo o dinheiro.

Segundo a polícia, antes de abrirem a empresa para os golpes, os investigados não possuíam nenhum imóvel em seus nomes e em pouco mais de um ano de atividade todos chegaram a ter cerca de quatro imóveis cada um. Os envolvidos ostentavam vida de luxo para atrair mais vítimas.

Quatro pessoas estão foragidas. A PCPR prossegue com as investigações com para localizá-las. Todos os integrantes do grupo responderão por associação criminosa, estelionato e crime de pirâmide financeira.

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