A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou, nesta quarta-feira (21), a operação “Adsumus”, contra organização criminosa envolvida em homicídios de policiais e tráfico de drogas e armas. Mandados de prisão foram cumpridos contra 19 integrantes do grupo que atuava a partir de Quedas do Iguaçu, na região centro-sul do Estado. A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo e da Polícia Militar do Paraná.
Ao todo foram expedidos 54 mandados judiciais, sendo 28 de busca e apreensão e 26 de prisão. As buscas foram realizadas em Quedas do Iguaçu e Guarapuava, na região centro-sul do Estado, em Três Barras do Paraná e Cascavel, na região oeste, e em Dois Vizinhos, na região sudoeste.
Até o final desta manhã, já haviam sido cumpridos 19 mandados de prisão: um homem e uma mulher em Cascavel, uma mulher em Guarapuava, duas mulheres e três homens em Quedas do Iguaçu, um homem em Mogi das Cruzes (SP). Outros dez mandados de prisão foram cumpridos contra integrantes da organização criminosa que já estavam presos, em unidades prisionais de Curitiba, Cascavel e Quedas do Iguaçu, porém continuavam a participar ativamente dos crimes da quadrilha.
Mais 90 policiais civis participaram da operação, incluindo equipes táticas de elite da Polícia Civil do Paraná, que atuaram em solo e no ar a bordo de helicóptero da corporação. Cães farejadores foram empregados para auxiliar na procura por drogas, armas e munições. Foram localizadas duas espingardas durante as buscas.
O bando era chefiado por dois irmãos, homem e mulher, que estão presos, ele em Guarapuava e ela em Cascavel. Mesmo assim, continuavam a comandar as ações de dentro do cárcere. A organização criminosa atuava fortemente no tráfico de drogas e armas, tendo como padrão assassinar pessoas que de alguma forma atrapalhassem seus objetivos. Isso inclui agentes públicos.
Um policial civil, morto em Cascavel no ano de 1999, e um policial militar, assassinado em Guarapuava no ano passado, estão entre as vítimas da quadrilha. O secretário de obras de Quedas do Iguaçu, assassinado em 2017 no município, também foi morto por integrantes do bando.
A quadrilha atuava também em outros estados. Em novembro de 2017, um membro do grupo foi preso no estado do Rio de Janeiro transportando um arsenal, com 62 pistolas e um fuzil.
A operação foi denominada “Adsumus”, pois esta palavra em latim significa “estamos presentes”, demonstrando que a PCPR está atenta aos acontecimentos e atua cumprindo sua missão de combater a criminalidade em todas as regiões do Paraná.