Polícia Penal doa camas e roupas pet feitas por detentos a abrigo de animais em Cascavel

Produtos foram feitos por pessoas que cumprem pena na Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro Unidade de Progressão, de Cascavel. Produzidas com resíduos têxteis, as 28 camas e as 50 peças de roupas foram doadas à ONG São Francisco de Assis, que abriga 106 cães.
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18/05/2023 - 10:30

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A Polícia Penal do Paraná, por meio da Coordenação Regional de Cascavel, entregou nesta quarta-feira (17) 28 camas e 50 roupas pet produzidas por detentos que cumprem pena na Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro Unidade de Progressão (PIMP UP). Feitos com resíduos têxteis, os itens foram destinados à organização não governamental São Francisco de Assis, localizada no bairro São Cristóvão, em Cascavel. O local abriga 106 cães resgatados das ruas e passa por dificuldades financeiras para manter os trabalhos e os cuidados com os animais.

A produção dos itens pet com mão de obra prisional faz parte de um projeto desenvolvido no setor de costura da Penitenciária Marcelo Pinheiro. Os itens são confeccionados a partir de resíduos doados pela empresa Seven Têxtil de Cascavel. A iniciativa é desenvolvida desde 2020 na unidade. 

O coordenador regional da Polícia Penal, Thiago Correia, explica que, além de ajudar a comunidade, as 12 pessoas privadas de liberdades que participam do projeto são beneficiadas com a redução de pena. A cada três dias de trabalho um é descontado do tempo de condenação.

“É gratificante para a Polícia Penal ver o resultado do trabalho desenvolvido dentro de uma unidade prisional. Todos os retalhos de tecidos são transformados em produtos que ajudam pessoas privadas de liberdade e que, por sua vez, ajudam a sociedade. Além da qualificação para o mercado de trabalho, o apenado participante do projeto é beneficiado com a remição da pena”, explica.

Para o diretor industrial da empresa Seven Têxtil, Eder Gonçalves Cardoso, a iniciativa é transformadora e vai além de apenas contribuir com a ressocialização. “É incrível ver que este material doado à unidade penal, antes considerado resíduo e que poderia ser até contaminante ao meio ambiente, serve para um trabalho de ressocialização aos detentos. Ajuda na ocupação, empregabilidade, renda e regeneração e, ao final, contribui com a comunidade com itens caprichados, bem produzidos, e que agora vão auxiliar o abrigo de animais”, afirma.

O presidente da ONG, Marcio Henrique Reis, conta que há 30 anos ele e a mãe resgatam animais em situação de rua, abandono e maus-tratos. Os 106 animais que estão abrigados atualmente são castrados, porém, sem recursos financeiros próprios, os cuidados com consultas, alimentação, vacinação e medicamentos dependem da ajuda da comunidade.

“Essa doação ajuda muito. Principalmente a amenizar o frio desses animais, ainda mais nesta época, próximo do inverno", disse Reis. Hoje, grande parte destes cães é de porte médio ou grande. "Quem quiser nos ajudar pode vir direto na ONG ou entrar em contato por meio da página no Facebook: Abrigo de Animais São Francisco de Assis".

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