Polícia Penal do Paraná inicia curso de formação aos aprovados em concurso público

Passarão pela formação os 500 aprovados no concurso realizado em 2024. Curso será coordenado pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário, em Curitiba e Londrina, e vai até 28 de março. O curso consolida a transição do cargo de agente penitenciário para policial penal.
Publicação
13/01/2025 - 17:30

Confira o áudio desta notícia

Começou nesta segunda-feira (13) o 1º Curso de Formação da Polícia Penal do Paraná (PPPR), destinado à capacitação de 500 aprovados no concurso público da instituição, feito em maio de 2024. O curso será coordenado pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen) e será ministrado até 28 de março.

“Ser policial não é apenas um emprego, é uma filosofia de vida. O trabalho do policial é essencial para o tratamento penal e a reintegração social de pessoas privadas de liberdade”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, na aula inaugural do curso. 

“Hoje temos uma Polícia Militar eficiente em flagrantes, uma Polícia Civil ágil na elucidação de crimes e uma Polícia Penal reestruturada e valorizada pelo Governo do Estado. Faço votos para que todos os alunos concluam o curso, pois serão indispensáveis ao sistema penitenciário”, completou o secretário.

O curso conta com aulas de segunda a sábado, das 8h às 17h, e é realizado em duas sedes: Curitiba e Londrina. Na Capital, 300 candidatos foram organizados em 10 turmas de 30 integrantes. Já em Londrina, são 200 participantes divididos em 5 turmas de 40 alunos. 

A diretora-geral da Polícia Penal do Paraná, Ananda Chalegre, reforçou a importância da incorporação de novos profissionais. “A instituição cresceu significativamente nos últimos anos e este concurso foi imprescindível. Os alunos terão pela frente uma missão nobre e desafiadora em um dos ambientes mais complexos da sociedade. Ser policial penal exige muito mais do que habilidades técnicas, pois requer coragem, resiliência, equilíbrio emocional e, acima de tudo, humanidade”, ressaltou.

VALORIZAÇÃO – A diretora da Espen, Josiane Scremin, também ressaltou a importância histórica deste curso. “Este momento marca a transição do cargo de agente penitenciário para policial penal, simbolizando o compromisso do Governo do Paraná com o fortalecimento das instituições e a valorização dos profissionais que dedicam suas vidas à segurança da sociedade”, afirmou.

O curso de formação é uma das últimas etapas antes da efetivação dos candidatos que integrarão o Quadro Próprio de servidores da PPPR, antecedendo a fase de avaliação médica. “Mais do que uma etapa obrigatória do concurso, esta formação representa a base de uma carreira que exigirá competência técnica, responsabilidade e um profundo senso de dever”, concluiu Josiane Scremin.

Para o defensor público-geral do Paraná, Matheus Cavalcanti Munhoz, o fortalecimento da parceria entre a Defensoria Pública e a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) é fundamental. “Trabalhamos para aproximar as instituições, unindo esforços em benefício da sociedade. Precisamos compreender as dificuldades de cada carreira e colaborar no dia a dia, desde a fase judicial até a execução da pena. Nosso objetivo é garantir a reintegração social dos apenados, trabalhando em conjunto para atender a população que cumpre pena de reclusão”, destacou.

CURSO – A programação do curso totaliza 530 horas e está organizada em cinco eixos curriculares principais: Eixo Institucional, com carga de 36 horas; Fundamentos Jurídicos, com 66 horas; Tratamento Penal, com 36 horas; Segurança e Operações Policiais, que somam 346 horas, além de Saúde e Qualidade de Vida do Servidor, com 37 horas.

O programa inclui também momentos destinados a retestes e uma prova final, totalizando 9 horas adicionais. O corpo docente é formado por 141 profissionais especializados, assegurando uma formação de alta qualidade.

GALERIA DE IMAGENS