A Polícia Civil irá doar 1,4 mil embalagens provenientes de frascos de álcool em gel irregulares apreendidos na Capital e na Região Metropolitana de Curitiba para a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O material servirá para envasar o produto que está sendo produzido por professores e estudantes universitários.
A UFPR pediu a doação das embalagens após ler uma notícia institucional sobre a apreensão de falsos produtos. O delegado Rinaldo Ivanike conta que recebeu o telefonema no dia 24 de março. “Nos ligaram pedindo os frascos, pois precisavam para fazer o envasamento do álcool em gel e posteriormente poderem doar à população”.
Na quinta-feira (2), a Justiça deferiu o pedido da Polícia Civil. Uma amostra do material foi encaminhada para perícia, já que há procedimento em andamento da apreensão dos produtos.
FORÇA-TAREFA - A professora Ana Luisa Lordello, do departamento de Química da UFPR, explica que mão de obra para produzir o álcool em gel tem disponível, mas a limitação aparece justamente nos insumos, que estão em falta no mercado. “Nossa limitação é com o material para produção do álcool em gel e com as embalagens. Essa doação foi uma benção”.
A prioridade de atendimento da UFPR em relação ao álcool em gel é com o Hospital do Trabalhador e o Hospital de Clínicas. A professora diz que é importante haver embalagens menores, pois nas unidades de saúde é proibido fazer o fracionamento.
APREENSÕES - No dia 24 de março a Polícia fechou uma fábrica clandestina de álcool em gel em Araucária, na RMC. No endereço foram apreendidos 1.350 frascos de um litro e de capacidades menores envazados com suposto álcool em gel. Também haviam dezenas de tonéis, insumos para fabricação do produto, etiquetas e outros equipamentos para produção da substância fraudulenta. Um homem e uma mulher foram presos no local.
Outros 50 frascos do produto foram apreendidos em uma residência, no bairro Sítio Cercado, onde três homens foram presos. Conforme apurado, os criminosos utilizavam três motocicletas para fazer entregas, mas os clientes vítimas também podiam retirar os produtos no local.
As embalagens traziam informações de terceiros - empresa e responsável técnico - que denunciaram o caso.