Polícia Civil confecciona RG de idosas em casa de repouso da Capital

Equipe de papiloscopistas passou o dia na unidade. Grupo precisava renovar o documento por diversos motivos, como fazer a prova de vida, realizar transações bancárias e outras ações jurídicas e administrativas. A ida dos quatro policiais civis ao asilo evitou que as idosas se deslocassem até um posto de identificação.
Publicação
13/09/2021 - 18:30

Confira o áudio desta notícia

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) confeccionou carteiras de identidade para 64 idosas de uma instituição de longa permanência em Curitiba. O trabalho é fruto de uma visita de papiloscopistas na unidade São Vicente de Paula para produzir os RGs das moradoras.

O grupo precisava renovar o documento por diversos motivos, como fazer a prova de vida, realizar transações bancárias e outras ações jurídicas e administrativas. A ida dos quatro policiais civis ao asilo evitou que as idosas se deslocassem até um posto de identificação.

O padre e diretor-geral da Ação Social do Paraná, José Aparecido Pinto, explica que levar o grupo seria um desafio logístico. “A chegada dos policiais civis aqui na casa para nós é de muita importância”, disse.

Para a gestora da unidade, Inês Barbosa, a oferta do serviço da Polícia Civil foi uma conquista. “Foi muito ágil a prestatividade da PCPR para a instituição do Asilo São Vicente de Paula, sendo de extrema relevância em relação à garantia de direito das idosas. Já tivemos vários impasses com documentos muito antigos de idosas que a gente acolhe, documentos rasurados, rasgados e a gente tem dificuldades em relação a questões bancárias de benefícios junto ao SUS. Tivemos dificuldade com prova de vida. Essa atualização do documento de identidade é para garantia de direitos”, ressaltou Inês.

A assistente social Mônica Freitas avaliou a prestação do serviço como um resgate de dignidade. “É uma garantia de direito para proporcionar a elas o acesso aos recursos da comunidade e à saúde e assistência com dignidade, porque a restauração não é só foto, um documento que foi extraviado, mas uma restauração da dignidade”, afirmou a profissional.

O papiloscopista da PCPR Reginaldo Fabrício afirma que esse tipo de ação promove valorização do cidadão. “Assim a gente consegue dar cidadania para as pessoas que estão em uma situação de vida vulnerável. A gente consegue tirar parte dessa vulnerabilidade”, disse.

“Eu acho válido isso, ter o cadastro certo e a renovação da identidade de quem tem identidade antiga. Foi ótimo. Para mim foi bom porque eu ainda estava com o nome de casada, agora estou divorciada”, declarou Alda Almeida, uma das moradoras. 

UNIDADE O Asilo São Vicente de Paula é uma instituição sem fins lucrativos. A unidade abriga 150 moradoras. O atendimento de longa permanência é dirigido a mulheres com graus diferenciados de limitações, autonomia, independência e que demandam de cuidados específicos.

GALERIA DE IMAGENS