Piana recebe cônsul de Luxemburgo e conhece projeto de peça sobre Augusto Stresser

O vice-governador se reuniu com a cônsul honorária de Luxemburgo no Paraná, Andrea Vianna, que apresentou o projeto que vai homenagear Augusto Stresser e o Estado. Segundo ela, estão previstas dez apresentações gratuitas em Curitiba, sendo seis para o público em geral e quatro para alunos da rede pública, e dez na Lapa.
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27/08/2024 - 18:00

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O vice-governador Darci Piana recebeu nesta terça-feira (27), no Palácio Iguaçu, a cônsul honorária de Luxemburgo no Paraná, Andrea Vianna. Entre os assuntos tratados no encontro estiveram a aproximação entre o Paraná e o país europeu e o projeto cultural em tributo ao compositor paranaense e de origem luxemburguesa Augusto Stresser (1871-1918), que compôs a única ópera genuinamente paranaense.

Piana destacou que Curitiba conta com 48 consulados, sendo cinco oficiais e 43 honorários, como é o caso de Luxemburgo. “São órgãos importantes justamente para o intercâmbio de interesses entre o Paraná e os países, consolidados com a presença física desses consulados no Estado. Isso ajuda não só no turismo, mas também nas áreas comercial, industrial, com os cônsules auxiliando nessa intermediação”, afirmou.

Na conversa com a cônsul honorária, o vice-governador conheceu o projeto que vai homenagear Augusto Stresser e o Paraná, por meio de uma peça de teatro. “Será um tributo a esse grande paranaense, que tanto nos honra, inclusive com rua em Curitiba levando seu nome”, disse Piana. “É uma retrospectiva dessa figura histórica para nós, e isso com certeza vai ajudar tanto a nossa cultura como de Luxemburgo.”

A cônsul-honorária ressaltou que, mais do que homenagear uma personalidade como Augusto Stresser, a peça falará também da história do Paraná. “A ópera se passa no contexto da Revolução Federalista, envolvendo o Cerco da Lapa. Tem também o lado educacional. Queremos levar ao público um pouco da história do Estado, os feitos do nosso descendente luxemburguês e perpetuar essa história para as futuras gerações”, disse.

A obra já está produzida e aprovada pela Lei de Incentivo à Cultura para captação de recursos. Nomes consagrados do teatro e da dramaturgia, como da atriz Guta Stresser, descendente de Augusto, também devem compor o elenco da peça.

O objetivo, segundo a cônsul, é estrear a obra em 23 de junho de 2025, Dia Nacional de Luxemburgo. Serão dez apresentações gratuitas em Curitiba, sendo seis para o público em geral e quatro para alunos da rede pública, previstas para ocorrer no auditório Guairinha. Outras dez apresentações devem ser realizadas na Lapa, local onde se passa parte da história da ópera.

HISTÓRIA – Augusto Stresser era o caçula de sete filhos de Theodoro Stresser, nascido em Luxemburgo, e de Izabel Pletz (conhecida como Luiza), brasileira descendente de alemães. Desde pequeno, se dedicou à música, aprendendo flauta, contrabaixo e piano, sendo apaixonado também pela fotografia. Foi jornalista, artista plástico, escritor e funcionário da Delegacia do Tesouro Nacional no Paraná.

Foi na música, porém, que Stresser se destacou. Com o auxílio do primo, Jayme Ballão, trabalhou em uma ópera de dois atos (que depois ganhou um terceiro) no início do século XX, mas surgiu um problema: a falta de pessoal habilitado para orquestração. Apenas em 1911 foi possível, com apoio do maestro Léo Kessler, realizar a orquestração de Sidéria, primeira e única ópera genuinamente paranaense.

A obra foi apresentada pela primeira vez em 1912, no antigo Teatro Guayra, com um elenco formado por artistas curitibanos. A ópera conta a história do casal Sidéria, uma jovem camponesa, e Alceu, militar, e se passa em meio à Revolução Federalista e Cerco da Lapa, em 1986. Trechos da obra devem compor o tributo.

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