A Cadeia Pública de Cascavel, unidade da Polícia Penal do Paraná (PPPR), promoveu um aulão intensivo preparatório para as provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). As provas acontecem em 17 e 18 de outubro. A aula foi nesta semana no auditório do Conselho da Comunidade da unidade penal, e contou com a presença 18 pessoas privadas de liberdade (PPLs).
Aplicados por professores formados pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), os conteúdos abrangeram redação, matemática e ciências. A proposta foi desenvolvida pela Unioeste e o Conselho da Comunidade de Cascavel, por meio do Projeto Educar para o Futuro.
O coordenador do projeto, professor Valdecir Soligo, explica que o aulão é uma das iniciativas desenvolvidas para estimular o recluso a estudar. “Quando proporcionamos uma aula como forma de estratégia pedagógica, ela não é apenas para o ensino daquele momento, mas, principalmente, para estimular a pessoa a estudar e vislumbrar um futuro diferenciado”, disse.
O coordenador regional de Cascavel da Polícia Penal do Paraná, Thiago Correia, explica que o estudo dentro do sistema prisional, além de ser uma das formas de remição de pena, previstas na Lei de Execução Penal (LEP), é uma das ferramentas importantes de ressocialização.
“Cabe à PPPR incentivar, apoiar e ofertar, em conjunto com as entidades parceiras, ações que valorizam a educação”, afirmou.
O Conselho da Comunidade de Cascavel atua em ações de ressocialização e capacitação dos detentos para que eles possam ser reinseridos na sociedade. “Ajudamos a formação dos apenados para que eles possam, após o cumprimento da pena, ter uma qualificação, uma profissão”, explicou o presidente do colegiado, Rosaldo Chemin.
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ENCCEJA PPL – No Paraná, o Encceja PPL 2023 soma 10,1 mil inscrições de pessoas privadas de liberdade, o que representa uma ampliação de 21% em relação à edição de 2022, que teve 8,4 mil inscritos.
A prova do Encceja PPL tem o mesmo nível de dificuldade das provas regulares. A diferença está na aplicação, que ocorre dentro das unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional e socioeducativa de cada estado da Federação.