O livro "Projeto EspeleoPiraí: em defesa do patrimônio natural de Piraí da Serra/PR", organizado pelo Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (Gupe), é finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico. A obra reúne pesquisas desenvolvidas, ao longo de dois anos, por professores e alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e outras instituições parceiras, sobre o patrimônio natural dos Campos Gerais, as cavernas e formações geológicas da Escarpa Devoniana. O livro foi distribuído em escolas e bibliotecas de Ponta Grossa e região.
Ao lado de outras nove obras, o livro, publicado pela editora ABC Projetos Culturais, compete pelo Jabuti Acadêmico na categoria Geografia e Geociências. Criado neste ano, o Jabuti Acadêmico é a categoria do Prêmio Jabuti dedicada a valorizar obras de caráter científico que contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. Com quase seis décadas de atuação, o Jabuti é considerado uma das maiores premiações da literatura brasileira e de língua portuguesa.
Organizado pelo professor Henrique Simão Pontes, do curso de Tecnologia em Mineração (à distância) da UEPG, e a pesquisadora Laís Luana Massuqueto, o livro traz em seus 11 capítulos o resultado de pesquisas desenvolvidas sob perspectivas de diferentes áreas do conhecimento que integram a obra.
Participaram do trabalho 22 pesquisadores dos cursos de Geografia, Jornalismo, Turismo e Ciências Biológicas dos Programas de Pós-graduação em Geografia (PPGGeo) e Jornalismo (PPGJor). Também assinam a obra pesquisadores do Gupe, entidade da qual alguns docentes fazem parte, e de outras instituições parceiras e apoiadoras.
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A publicação reúne estudos desenvolvidos pelos pesquisadores entre 2021 e 2023, sobre a geologia, a riqueza mineral, a biodiversidade e o patrimônio arqueológico, como pinturas rupestres das cavernas de Piraí da Serra, formações geológicas localizadas entre os municípios de Castro, Piraí do Sul e Tibagi, e que compõem a Escarpa Devoniana. O livro também propõe discussões sobre os desafios para a preservação da região e o seu potencial turístico.
O organizador do livro, professor Henrique Pontes, ressalta que a obra traz resultados inovadores e importantes descobertas feitas na região, como as primeiras pinturas rupestres de araucárias, minerais raros, a catalogação de novas espécies animais e de microrganismos que possuem grande potencial biotecnológico.
“O livro possui caráter acadêmico, mas é acessível ao público. Explicamos os conceitos e termos e disponibilizamos figuras que mostram com clareza as belezas e curiosidades identificadas ao longo da pesquisa”, explica.