Pesquisa mostra satisfação da comunidade escolar e mapeia pontos fracos

Primeira edição da pesquisa Nossa Escola abordou aspectos como a qualidade do ensino, o clima escolar, a infraestrutura, a organização e o atendimento oferecido pelas instituições. Participaram alunos, seus familiares e funcionários da Educação das cerca de 2 mil escolas estaduais.
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19/07/2019 - 09:50
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A maioria dos estudantes, seus familiares e servidores da Educação avaliam positivamente as instituições da rede estadual de ensino. É o que apontam os resultados da primeira edição da Pesquisa Nossa Escola, desenvolvida e aplicada pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte com o objetivo de levantar informações sobre os cerca de 2 mil colégios estaduais do Paraná. Em 80% das questões as respostas foram ‘ótimo’ ou ‘bom’.

A pesquisa levantou se aspectos como a qualidade do ensino, o clima escolar, a infraestrutura, a organização e o atendimento oferecido pelas instituições são vistos como ótimos, bons, ruins ou péssimos por alunos, familiares e funcionários da Educação – professores, diretores, vice-diretores, pedagogos e agentes educacionais. O resultado mostrou o nível de contentamento quanto ao ambiente escolar e o que precisa ser melhorado nas instituições do Estado.

“Com a pesquisa conseguimos entender o que cada escola e comunidade escolar precisa. Em uma unidade pode ser a questão da estrutura, em outra, a questão pedagógica. O levantamento nos forneceu um mapa para atender o que cada comunidade escolar necessita e, partir daí, efetivar soluções”, avaliou o secretário da Educação, Renato Feder.

AMPLA PARTICIPAÇÃO - A secretaria estadual registrou 168 mil participações de pessoas ligadas a 2.112 escolas, de um universo de 2.143 da rede estadual de ensino. Em relação ao público-alvo, foram 115,7 mil participações de estudantes, 23,9 mil de familiares e responsáveis e 28,4 mil de servidores. O formulário foi respondido entre 6 e 19 de maio, de forma anônima, apenas com a identificação da instituição.

A partir dos resultados, serão gerados relatórios para as escolas, Núcleos Regionais de Educação e secretaria, para auxiliar as instituições a elaborarem, no que lhes compete, planos de ação para atacar os problemas.

RESULTADOS POSITIVOS - Entre os alunos, o destaque é a avaliação da “Qualidade do Ensino. Dos participantes, 87,7% concordaram com a afirmação “vejo que os professores se esforçam para que nosso nível de aprendizado seja alto”.

Na categoria Atendimento, 85,2% dos pais e familiares classificaram como bom ou ótimo o atendimento recebido da direção e de pedagogos.

A maioria dos servidores, por sua vez, respondeu positivamente a afirmação “eu me preparo, me planejo e me sinto responsável pelo dia a dia na escola”, associada à categoria Dedicação. Esse aspecto recebeu avaliação ótima ou boa de 85,7% dos participantes.

O QUE PRECISA SER MELHORADO - Na outra ponta, o aspecto mais crítico das escolas, de acordo com os alunos, refere-se à Frequência e Estrutura. As áreas foram representadas, respectivamente, pelas frases “quando eu falto, a escola entra em contato comigo ou com minha família”, que recebeu avaliação negativa de 43% dos respondentes; e “a parte de infraestrutura, merenda e instalações físicas da escola são suficientes”, avaliada negativamente por 29,6% dos estudantes.

Os problemas, contudo, já começaram a ser atacados pela secretaria estadual. Em maio, a pasta lançou o Programa Presente na Escola, que tem como objetivo combater o abandono escolar com um conjunto de ações integradas que vão do monitoramento de frequência até a articulação com a rede de proteção. Em pouco mais de um mês de programa, a média da frequência dos alunos passou de 85% para 90%.

A iniciativa funciona de maneira integrada com o aplicativo Registro de Classe, que permite ao professor fazer a chamada off-line pelo celular. Com essa base de dados são gerados relatórios diários por escola e por série. Esse monitoramento permite que as escolas identifiquem os padrões de faltas e definam ações imediatas e direcionadas para trazer o aluno de volta. A ideia é ir até a casa do aluno ou acionar o Conselho Tutelar e a rede de proteção, quando necessário, para entender e resolver o problema das faltas.

Quanto à infraestrutura, o Governo anunciou que vai dar prosseguimento a obras paralisadas em outras gestões. Para isso, foi instituído um grupo de trabalho responsável por elaborar um plano de retomada e programar a conclusão das obras.

Além disso, engenheiros e arquitetos que atuam nos Núcleos Regionais de Educação foram capacitados para utilizar o Sistema de Gestão de Projetos e Obras (SGPO), desenvolvido pelo Governo. O sistema permite o acompanhamento de obras, com o objetivo de verificar se o cronograma está sendo cumprido. Também já foram retomdas 80% das obras de escolas envolvidas na Operação Quadro Negro. A expectativa Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) é de que todas as 15 instituições ligadas diretamente à operação sejam entregues à população no primeiro semestre de 2010.

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