A médica residente em Saúde da Mulher Kamila Medeiro dos Santos busca voluntários para responder à pesquisa “Avaliação de alterações nos hábitos alimentares de mulheres profissionais de saúde em decorrência da pandemia de Covid-19”. É parte do Trabalho de Conclusão de Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher, orientado pelas professoras Flávia Troncon Rosa, do Departamento de Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e busca entender as mudanças de hábitos de alimentação na pandemia.
A pesquisadora disponibiliza um formulário online, no Google Meet – Aqui. Antes de começar, as participantes têm acesso a um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre a participação na pesquisa.
O formulário tem cerca de 40 questões e leva em torno de 15 minutos para ser preenchido. Podem participar mulheres com mais de 18 anos que trabalhem em alguma instituição de Saúde municipal – em postos ou UBSs, unidades de atendimento especializado ou hospitais.
No formulário, que fica disponível até 21 de agosto, as profissionais da Saúde encontrarão questões dissertativas e de múltipla escolha sobre alimentação na pandemia, rotina de atividades físicas e lazer, entre outras. Após a coleta, a médica fará uma análise estatística para conferir a relevância dos dados. “Depois, discutimos, com as evidências que temos e entre orientadora e as co-orientadoras, o que podemos fazer a respeito”, disse.
Segundo Kamila, a ideia da pesquisa surgiu do cotidiano da médica, que trabalha no Posto de Saúde do Conjunto Habitacional Aquilles Stenghel, na Zona Norte de Londrina. “Pude notar que houve uma alteração de ritmo com a pandemia, devido à sobrecarga de trabalho, questões emocionais, luto, vários motivos. Isso fez com que muitas mulheres, que já são muito cobradas pela aparência no dia a dia, descontassem na comida”, afirmou.
A descompensação alimentar atingiu, além das profissionais de Saúde, objeto da pesquisa, também os pacientes. “De modo geral, a pandemia trouxe uma série de mudanças no cotidiano. Acesso à comida pronta, que ficou muito mais fácil, o isolamento social e a redução do tempo livre para fazer atividades físicas são fatores que pesaram muito”, acrescentou.
O aumento da preocupação geral com a saúde do paciente esconde, para a pesquisadora, um problema central: a saúde do profissional de Saúde. Devido a esses fatores, o profissional com alimentação deficitária pode passar por um processo de queda de imunidade, o que contribui para contrair a doença. “Muito se fala na saúde do paciente, mas o médico, a enfermeira precisam dessa atenção tanto quanto”, afirmou.