Parcerias com municípios vão
reforçar defesa sanitária animal

Com a suspensão da vacinação contra a febre aftosa, Estado terá de ampliar cuidados sanitários, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento no encontro Governo 5.0, que reúne prefeitos, em Foz do Iguaçu. Novo status permitirá novos mercados na cadeia de exportação das carnes.
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31/10/2019 - 12:50

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A suspensão da vacinação contra a febre aftosa nos rebanhos do Paraná e a necessidade de ampliar a defesa sanitária nos municípios foram os destaques da apresentação do secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, nesta quinta-feira (31), no encontro Governo 5.0, em Foz do Iguaçu. Promovido pelo Governo do Estado, o evento reúne prefeitos, vereadores, secretários e técnicos das administrações municipais. O vice-governador Darci Piana acompanhou a apresentação do secretário.

O novo status sanitário, que culminará no selo de área livre de vacinação em 2021, permitirá ao Paraná alcançar novos mercados na cadeia de exportação das carnes. Com o fim da vacinação, o Paraná inicia campanha de cadastramento obrigatório de todos os animais de produção, com vigilância sanitária redobrada, que começa nesta sexta-feira (1º). A medida acontecerá duas vezes por ano, nos meses de maio e novembro, e ficará a cargo da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), com apoio dos municípios.

“Menos dinheiro e mais parcerias são as principais mensagens para os prefeitos. Agricultura é pesquisa, assistência, inovação e sanidade. Temos que apoiar quem mais precisa no campo, com ambientes sanitariamente corretos, além da preocupação com os mais vulneráveis”, afirmou Norberto Ortigara. “Nosso agronegócio ganhará novo status nos próximos anos, vamos subir de patamar, e precisamos estar preparados para esse momento”.

O secretário também destacou as ações do Estado para o fortalecimento das pequenas cooperativas e associações familiares, e as novas estruturas da fruticultura, silvicultura e horticultura. “Temos que desenvolver tudo aquilo que coopera para que o Estado e municípios tenham agendas comuns, somando reforços, recursos e técnicos. Agricultura trata de gente que precisa de apoio para se fortalecer cada vez mais”, complementou.

Ortigara também citou a preocupação com quem ainda não se alimenta direito no Estado e a compra, com distribuição simultânea, a partir de 2020, de cozinhas comunitárias, restaurantes populares e três merendas nas escolas.

“Planejamos o crescimento da agricultura familiar e o incentivo aos orgânicos. O Paraná se comprometeu a utilizar 100% de alimentos orgânicos nas merendas até 2030. Há uma atenção humana e técnica, uma força de todos os poderes”, afirmou o secretário. “Os nossos programas pensam no desenvolvimento social e sustentável”.

PROGRESSO - Ele ainda citou o programa Paraná Trifásico, de modernização do sistema elétrico na área rural e que envolve R$ 2,1 bilhões e a implantação de 25 mil quilômetros de rede trifásica em todo o Estado. Também lembrou a introdução qualificada da irrigação no campo e o apoio às grandes cooperativas para aumentar a industrialização dos alimentos. “Temos uma visão muito ampla do desenvolvimento rural. O Estado não é apenas um financiador, mas a soma de recursos humanos e financeiros permite uma agenda mais positiva. A agricultura é muito cara a todos os paranaenses, e nós estamos fazendo ela ser ainda mais pujante para o Paraná”, asseverou.

MAIS CIDADES - Ortigara também afirmou que o governador Carlos Massa Ratinho Junior estabeleceu como meta usar parte dos R$ 351 milhões do programa Paraná Mais Cidades para aumentar a trafegabilidade das estradas rurais, fundamentais para o escoamento das produções agrícolas e da pecuária.

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