O Governo do Estado começou nesta quarta-feira (01/04) a distribuição das primeiras máscaras cirúrgicas produzida em parceria pelo Complexo do Hospital do Trabalhador (CHT), a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) e a Defesa Civil.
O lote inicial, de mil peças, servirá para abastecer os profissionais dos hospitais que formam o Complexo: o Hospital do Trabalhador, o Centro Hospitalar de Reabilitação (CHR), o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio Palatal (Caif), o Centro Regional de Especialidades Kennedy, que está sendo transformado em Ambulatório Médico de Especialidades (AME).
“São máscaras de muita qualidade, que ficarão à disposição do nosso quadro de funcionários a partir desta quinta-feira (02/04), após todo processo de esterilização”, afirmou o diretor-superintendente do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Júnior. De acordo com ele, que foi o idealizador do projeto, o complexo necessita de 20 mil a 30 mil máscaras por mês.
VOLUME DE PRODUÇÃO - O diretor destacou que a parceria com Associação da Vila Militar (AVM) garantiu volume de produção. A capacidade de confecção, lembrou, é de meio milhão de peças por mês. A intenção é que os próximos lotes sejam distribuídos também no Interior do Estado, com ajuda da Defesa Civil. “É uma ação que vai ajudar muito no enfrentamento à pandemia da Covid-19 no Paraná”, disse.
Segundo Souza Júnior, as máscaras são feitas de Tecido Não Tecido (TNT), chamado SMS (Spunbond-Meltblow-Spunbond), utilizado comumente nas embalagens de materiais para esterilização usados em procedimentos cirúrgicos. A parte interna, que fica em contato com a pele, é 100% polipropileno, material com eficiência de filtração bacteriana e viral.
O diretor explicou que com a diminuição do número de cirurgias devido o cancelamento das ações chamadas eletivas, aquelas sem urgência, apenas o Complexo do Hospital do Trabalhador tem estoque de tecido para produzir 100 mil máscaras. Ele reforçou que o custo de cada peça é estimado de R$ 0,07 a R$ 0,10, bem abaixo do valor de mercado.
VOLUNTÁRIOS – A Associação da Vila Militar (AVM) é responsável pela confecção do material. A fábrica instalada dentro da instituição, em Curitiba, conta com 60 funcionários civis.
O grupo, que normalmente é responsável pela produção de uniformes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e escolas militares, trocou as férias coletivas para colaborar com a força-tarefa.
O trabalho é voluntário. “Em troca, em torno de 15% das máscaras ficam à disposição da Secretaria da Segurança para equipar policiais e outros profissionais”, explicou o diretor do Hospital do Trabalhador.