Parceria amplia rastreamento
de contatos com a Covid-19

Secretaria de Estado de Saúde capacitou um grupo de trabalho criado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde para definir e adequar as ações de rastreamento de contatos no enfrentamento à doença.
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31/07/2020 - 15:10
Editoria

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A Secretaria de Estado de Saúde capacitou nesta quinta e sexta-feira (30 e 31) um grupo de trabalho criado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) para definir e adequar as ações de rastreamento de contatos no enfrentamento à Covid-19.

O rastreamento de contato é o processo de identificação e isolamento das pessoas que podem ter sido expostas a um caso confirmado ou suspeito da Covid-19. Está é uma ação importante para quebrar a cadeia de transmissão e conter o surto da doença.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a importância em aliar o rastreamento de contatos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave para frear a disseminação da doença.

“Estamos trabalhando muito para fortalecer a vigilância em saúde e organizar esse processo de identificação e isolamento dos casos positivos e seus contatantes”, disse o secretário. “O rastreamento efetivo dessas pessoas e o isolamento oportuno fazem com que haja o bloqueio das sucessivas gerações de infectados. Essa abordagem precoce e sustentada tem impacto importante para achatar a curva de transmissão”.

IMPACTO – As medidas de controle da disseminação do coronavírus no mundo têm como base principal o distanciamento interpessoal, como fechamento de escolas, comércios, empresas e serviços, o que causa um grande impacto econômica e social.

Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, Acácia Nasr, a estratégia de testar, rastrear e isolar é a principal alternativa de sucesso a essas medidas mais restritivas. “Se implementada com efetividade, esta ação resultará em menor impacto no sistema de saúde, reduzindo assim o número de infectados e de óbitos pela doença”, afirmou. “Além disso, poderá permitir um retorno mais rápido e seguro às atividades, reduzindo os impactos econômicos e sociais da pandemia”.

Para o consultor nacional da OPAS, Rodrigo Said, é um grande desafio a implantação desta estratégia. Ele disse que é um trabalho que tem um desafio operacional muito grande para organização das equipes que vão estar envolvidas nessa resposta, buscando uma integração efetiva entre as equipes de Vigilância, Atenção Primária e a organização da resposta da Vigilância Laboratorial no Paraná. “Nosso objetivo neste momento é apoiar a construção deste processo e fazer a capacitação com a ação integrada”.

IMPLANTAÇÃO – Esta ação será implantada, inicialmente, em seis municípios do Paraná: Curitiba, Araucária, Paranaguá, Guaraqueçaba, Apucarana e Foz do Iguaçu.

“Esses municípios foram selecionados com base em critérios epidemiológicos do cenário atual e pela dimensão da capacidade da equipe para realizar o monitoramento das cadeias de transmissão na atenção primária em saúde pela vigilância epidemiológica”, explicou Nasr.

A médica infectologista da Secretaria municipal de Saúde de Curitiba, Marion Burger, falou sobre a importância em participar desse projeto. “O município de Curitiba já vem fazendo o rastreamento de contatos, e esse sistema apresentado pela Sesa vem somar mais ferramentas para aperfeiçoar esse método. É muito importante essa procura dos casos ativos, pois desta forma, é possível quebrar as correntes de infecção, diminuir a contaminação de pessoas e com isso baixar o número de casos e também o seu agravamento”.

PARTICIPAÇÕES – Municípios elegíveis, representantes do Conselho Nacional de Secretárias Municipais (Cosems), representantes da OPAS, diretores das Regionais de Saúde de Paranaguá, Região Metropolitana, Foz do Iguaçu e Apucarana; Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e Saúde do Trabalhador da Sesa.

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