Duas equipes de robótica do Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, foram classificadas para a fase nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica 2020. Para chegar a essa etapa, os estudantes tiveram que passar pela fase estadual, em que criaram um robô digital, totalmente autômato (toda a programação teve de ser feita previamente; não há como controlá-lo na hora), para participar de uma simulação. Nela, o robô precisa concluir o desafio de percorrer um caminho, desviar de obstáculos e resgatar vítimas que estão presas.
Agora, os alunos das equipes de nível 1 (Ensino Fundamental) e de nível 2 (Ensino Médio) se preparam para um desafio ainda mais complexo na etapa nacional, que acontece a partir desta terça-feira e segue até sábado, com transmissão pelo canal de YouTube da Olimpíada Brasileira de Robótica.
A competição ocorre de maneira virtual pela primeira vez, devido à pandemia, por meio da plataforma de simulação Sbotics. A preparação conta com reuniões diárias realizadas pelo Google Meet e guiadas pelo professor Tony Groch, coordenador do laboratório de robótica do CEP.
“Não é só ensinar a programar, é ensinar tecnologia, matemática, engenharia e desenvolvimento interpessoal. São vertentes importantes para que o aluno desenvolva habilidades para toda a vida”, afirma o professor, que ensinou aos alunos uma nova linguagem de programação, a R-Educ. “Por causa das competições em que a gente participa, o trabalho em equipe é muito valorizado. Acaba aquela imagem estereotipada do nerd que não sabe se comunicar. Os alunos têm que aprender uns com os outros, trocar conhecimento entre si”, acrescenta.
MODALIDADES — Neste ano, a Olimpíada Brasileira de Robótica tem duas modalidades de competição: simulação e apresentação. A primeira consiste na programação do robô de resgate que participará do desafio virtual. Já a apresentação se baseia na produção de um vídeo explicativo, de formato livre, em que os participantes contam como foi todo o processo até a finalização do trabalho.
O CEP classificou uma equipe na categoria de simulação (a InfnitysUniverse Robotics, com três alunos do Ensino Médio) e outra equipe em ambas as categorias — a CDRS Robocep, composta por quatro alunos do 6º ano do Ensino Fundamental.
Além dessas, o professor Tony ainda tem uma equipe de garagem classificada para a etapa nacional na categoria de simulação, a New Connection, formada por três alunos do Ensino Fundamental da Escola Coronel Durival Britto e Silva.