Paraná teve 3ª maior redução no número de mortes violentas do Brasil em 2023, aponta Anuário

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18), mostram que em 2023 foram 2.263 mortes violentas registradas, queda de 12,8% em relação às 2.595 ocorridas em 2022. Paraná também apreendeu quase 50% da maconha apreendida no Brasil ano passado.
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18/07/2024 - 17:16

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O Paraná registrou a 3ª maior redução no número de mortes violentas intencionais entre 2022 e 2023, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18) e que compila dados do ano passado. Foram 2.263 mortes registradas em 2023, contra 2.595 em 2022, redução de 12,8%. O Estado fica atrás somente de Rondônia (-14,2%) e Rio Grande do Norte (-13,9%). A média nacional no período foi de -3,4%.

O grupo de mortes violentas intencionais inclui os crimes de homicídio doloso, latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e casos envolvendo policiais vítimas de crimes violentos ou mortes decorrentes de intervenção policial.

Entre os índices que puxaram a queda está a redução no número de homicídios dolosos, que passou de 2.025 casos em 2022 para 1.837 em 2023, variação de -9,3%. É a maior redução da região Sul do País. O Rio Grande do Sul apresentou redução de 7,1%, enquanto que Santa Catarina teve queda de 4,2%. Além disso, os dados de 2024 já apontam para uma nova redução, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública.

Os casos de latrocínio também tiveram redução, passando de 54 vítimas em 2022 para 51 em 2023 (-5,6%). Já o indicador lesão corporal seguida de morte teve queda de 8,1%, passando de 37 em 2022 para 34 casos em 2023. As mortes decorrentes de intervenção policial (dentro e fora de serviço) também tiveram queda, passando de 479 em 2022 para 341 no ano passado.

Somados todos esses dados, foram 2.263 mortes no Estado em 2023 por crimes com uso de violência. É o segundo menor número de mortes violentas da série histórica, iniciada em 2011, atrás apenas de 2019, quando foram registradas 2.219 mortes.

O Paraná tem a 6ª menor taxa por 100 mil habitantes, de 19,8%, abaixo da média nacional, de 22,8%. De acordo com o Anuário, o Estado investiu R$ 3,2 bilhões em policiamento no ano passado, aumento de 15% em relação ao ano anterior.

CRIMES CONTRA PATRIMÔNIO  Além da redução no número de mortes violentas, a Secretaria da Segurança Pública e as forças policiais também têm dado pronta resposta quando o assunto é crime contra o patrimônio.

No caso de roubo de veículos, foram registrados 3.033 casos em 2023, queda de 16,1% em relação aos 3.507 de 2022. Já o crime de furto de veículos (que não envolve violência) passou de 13.800 em 2022 para 12.541 em 2023, redução de 11,8%, acima da média nacional, de -9% entre um ano e outro.

Outra evolução importante foi em relação aos celulares. O furto de aparelhos teve queda de 3,3% no Paraná entre 2022 e 2023.

Já roubos a estabelecimentos comerciais tiveram queda de 18,6% no número de casos, passando de 3.753 em 2022 para 3.054 em 2023. O número de roubos a instituições financeiras caiu de 11 para 10 no comparativo entre 2022 e 2023 (-8,9%), enquanto que o volume de roubos de cargas registrou queda mais expressiva, de -23,2%, passando de 474 em 2022 para 364 em 2023.

Roubos a residências tiveram redução de 16,3%. Foram 2.627 casos em 2022, contra 2.198 no ano passado.

ARMAS  As ações de combate ao crime organizado também resultaram na 5ª maior apreensão de armamento do País pelo Paraná, com 6.720 armas retiradas de circulação pelas forças de segurança estaduais e federais em 2023. Foram 4,8% a mais que as 6.414 apreendidas em 2022.

O Paraná ficou atrás apenas de Minas Gerais (16.062), São Paulo (11.964), Rio Grande do Sul (9.597) e Rio de Janeiro (8.101). Foram 6.314 armas apreendidas por órgãos ligados à Secretaria de Estado da Segurança Pública e 406 pela Polícia Federal.

DROGAS  O Anuário Brasileiro de Segurança Pública também traz dados sobre as apreensões de drogas durante o ano passado. O Paraná foi o terceiro estado da federação e o primeiro do Sul do Brasil que mais apreendeu entorpecentes no período. Foram 8,3 toneladas de cocaína retiradas de circulação em 2023, contra 5,6 toneladas em 2022, aumento de 46,50%. São Paulo (16,8 toneladas) e Mato Grosso (14,1 toneladas) completam o top 3 de apreensão da droga.

O grande destaque fica para a apreensão de maconha. Foram 206,8 toneladas da droga retiradas de circulação em 2023, 34,24% a mais que as 154 toneladas apreendidas no Paraná em 2022 e quase 50% do total da maconha apreendida no Brasil em 2023 (416,3 toneladas). Em números absolutos, é mais de 11 vezes o total apreendido pelo Rio Grande do Sul (8,6 toneladas) e Santa Catarina (8,9 toneladas) somados.

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