Uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada este mês, concluiu que a malha rodoviária paranaense apresenta as melhores condições gerais de toda a região Sul do Brasil.
De acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2022, 37,5% da malha do Paraná está em condições boas ou ótimas, acima da média regional de 34,7% - no Rio Grande do Sul a qualificação correspondeu a 34% e em Santa Catarina a 31,8%. O Paraná está, inclusive, acima da média nacional, de 34%.
As equipes da entidade percorreram 100% das rodovias federais e os principais trechos de rodovias estaduais em todo o País, totalizando 110.333 quilômetros, ao longo de 30 dias.
No Paraná, a equipe da CNT percorreu 6.374 km de uma malha rodoviária de 16.068,49 km, sendo 3.862,7 km federais e 12.205,79 km estaduais, pouco menos de 40% das rodovias do Estado, sem levar em conta as rodovias municipais. Considerando os números apresentados, cerca de 20% da malha estadual foi avaliada.
“Em cerca de dez dias iremos completar um ano do término do programa de concessões rodoviárias do Paraná. Mais de 2,5 mil quilômetros de rodovias deixaram de ser administradas por concessionárias de pedágio e retornaram para a gestão do Governo do Paraná e da União”, destaca o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Alexandre Castro Fernandes.
“Isso marcou o fim da cobrança das mais altas tarifas de pedágio do Brasil, mas também a necessidade de licitar e contratar os serviços de conservação destas rodovias, em sua maioria os principais corredores logísticos do Paraná, com grande tráfego de caminhões escoando nossa produção agropecuária e transportando produtos. A situação, obviamente, impactou o índice paranaense na pesquisa CNT, especialmente das rodovias federais do Anel de Integração”, explicou.
Visando garantir a qualidade do pavimento e a preservação da faixa de domínio das rodovias estaduais que deixaram de ser concedidas, o DER/PR licitou e contratou serviços de conservação pelo programa Integra Paraná, em vigência desde dezembro de 2021, atendendo 964,52 km de rodovias, e com prazo de execução até dezembro de 2023.
“Estamos investindo R$ 93,4 milhões no Integra Paraná, que tem validade de dois anos, com serviços para o pavimento, sinalização, roçada da vegetação próxima à rodovia, enfim, todos os serviços necessários para garantir a segurança e conforto do condutor”, disse Fernandes.
“O DNIT também licitou contratos com objetivo semelhante, mas possuem um volume de tráfego de veículos muito mais expressivo, e aliado a fatores como o não funcionamento das balanças rodoviárias nas antigas praças de pedágio, estão enfrentando um desafio muito maior para manter a qualidade do pavimento”, completou.
MAIS DE R$ 1 BILHÃO – Nos últimos 12 meses, o DER/PR investiu R$ 1.063.781.381,69 em novas iniciativas de conservação e manutenção de sua malha rodoviária, destacando-se o Programa de Segurança Viária das Rodovias Estaduais do Paraná (Proseg Paraná), o programa de conservação Proconserva, e o programa Integra Paraná, além de iniciativas como o atendimento a todas as rodovias do Anel de Integração com serviços de operação de tráfego, que incluem guinchos mecânicos leves e pesados, veículo de inspeção, veículo de apoio ao Corpo de Bombeiros, veículo boiadeiro para lidar com animais soltos na pista, e central de atendimento 24h pelo telefone 0800-400-0404.
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O DER/PR conta, ainda, com licitações em andamento para conservação do pavimento com orçamento estimado de R$ 692.516.710,82, além de licitações para reforma de mais de 80 obras de arte especiais (pontes, viadutos, trincheiras e passarelas).
Dentro destas iniciativas de conservação do pavimento estão contratos dedicados a corredores logísticos que necessitam de manutenções mais frequentes, como a PRC-280 no Sudoeste, entre Palmas e Marmeleiro, e a PR-092 no Norte, entre Wenceslau Braz e Andirá.