A equipe de Meio Ambiente da empresa pública Portos do Paraná participa da Oficina Estadual de Trabalho para a elaboração da proposta do Paraná para a gestão da pesca do camarão, no âmbito da Região Sul do Brasil. O encontro começou nesta terça-feira (5) e vai até esta quarta (6), em Paranaguá, das 9h às 18h, no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná.
Pelo programa de monitoramento da pesca que desenvolve, a empresa pública foi convidada a integrar o processo pela Coordenação de Ordenamento e Desenvolvimento da Pesca Estuarino-Lagunar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Segundo o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Ribeiro Santana, a importância de estar presente no evento é entender o que está sendo regulamentado e qual a proposta que será apresentada em relação à pesca de camarão. “Participamos sempre diretamente dessas questões que envolvem a comunidade pesqueira do litoral paranaense”.
De acordo com bióloga da Portos do Paraná, Jaqueline Dittrich, a participação está dentro de suas condicionantes ambientais. “Um dos programas que desenvolvemos é o Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira. Todos os dias da semana, técnicos colhem informações de desembarques em sete entrepostos de pesca em Paranaguá, Antonina e Pontal do Paraná”, diz.
A consultora da ONU, Ana Sílvia Costa Silvino, salientou que o objetivo do encontro é discutir e buscar, de forma participativa, soluções viáveis para os problemas identificados na pesca do camarão, junto ao setor pesqueiro, por meio das oficinas locais.
Segundo ela, a elaboração do debate e de uma proposta efetiva é por consenso, por isso é tão necessária o envolvimento de todos. “É preciso nos fortalecermos de forma coletiva. É importante colocar o ponto pessoal da pescaria, mas temos que nos fortalecermos como Estado, para que a pesca de camarões tenha um resultado mais produtivo”, enfatizou a consultora.
OFICINA - A atividade faz parte do Projeto Manejo Sustentável da Fauna Acompanhante na Pesca de Arrasto na América Latina e Caribe, apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF) e pela Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Aquicultura, Pecuária e Abastecimento.
O trabalho vem sendo desenvolvido em 15 estados brasileiros. O pescador participa de forma contínua. A ele é repassada a responsabilidade e o compromisso de acompanhar o projeto. Ele precisa participar primeiro das reuniões locais, depois das estaduais e levar para a comunidade tudo que foi acertado. Depois, quatro representantes do Paraná seguem para a reunião regional, repassando o teor do encontro para seus pares na volta.
Os encontros já aconteceram nos municípios de Guaratuba, Pontal do Paraná, Guaraqueçaba e Paranaguá. A reunião regional está prevista para dias 22 e 23 de janeiro de 2020, em Brasília, quando é esperado que esteja concluído o plano de gestão da pesca de camarões para região Sudeste e Sul.