O Paraná do futuro com qualidade de vida e oportunidades para todos. Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e reduzir as desigualdades, o Governo do Estado elaborou um conjunto de estratégias para assegurar aos paranaenses o desenvolvimento econômico e socioambiental, com projeção para as próximas três décadas, que visam acelerar as transformações sociais oferecendo respostas sustentáveis no contexto das megatendências mundiais.
Para que a proposta seja discutida e aprimorada, foi criado um cronograma de atividades, entre agosto de 2022 e julho de 2024, com reuniões com a participação de agentes do Poder Público, setor privado, sociedade e academia. Denominada “Visão 2053 – Construindo o Paraná Bicentenário”, em celebração aos 200 anos da emancipação do Estado do Paraná, a proposta é coordenada pela Superintendência Geral de Desenvolvimento Econômico e Social (SGDES), vinculada à Casa Civil, e uma minuta já foi apresentada ao governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“Pensamos um Paraná a longo prazo, não apenas para o presente. Além das nossas tantas ações concretas para a efetiva atração de investimentos, geração de emprego e renda, atuamos na preservação do meio ambiente, no atendimento social e no fomento de oportunidades para quem mais precisa. Trabalhamos para deixar um legado, mecanismos que possam melhorar a qualidade de vida e reduzir as desigualdades, também paras as próximas décadas”, afirmou o governador.
A “Visão 2053 – Construindo o Paraná Bicentenário” é inspirada no governo de Flanders (Bélgica), par revisor do Paraná na segunda etapa do programa “Uma Abordagem Territorial dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)” da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Estado participa de um estudo global sobre implementação dos ODS desde 2019, o qual já indicou boas práticas locais como referências para o mundo, como preservação da água e proteção costeira.
A superintendente-geral da SGDES, Keli Guimarães, explica que a proposta visa a construção de um futuro promissor para o Estado e seus cidadãos mediante a definição de um panorama de aceleração das transformações sociais. O documento abrange pessoas e sociedade, saúde, ambiente e recursos, economia e negócios, tecnologia e inovação, bem como políticas e governos.
“Aprendemos com o passado que precisamos planejar o futuro que desejamos a nós, que seremos idosos, e às crianças que serão adultas em 2053. A qualidade de vida da população é uma preocupação constante desde os 8 aos 80 anos e deve ser uma prioridade governamental”, disse a superintendente.
Ela acrescenta que a Visão 2053 deve ser construída conjuntamente, numa ação colaborativa e integrada, envolvendo agentes do governo, setor privado, sociedade e academia. Por isso, o cronograma inclui reuniões para receber contribuições de diversas áreas. A iniciativa será voltada ao desenvolvimento econômico, social e ambiental e contempla políticas públicas de conscientização do processo educacional desde a infância.
“Essa Visão deve fomentar a sustentabilidade nas escolas públicas e incentivar o setor produtivo e industrial a reduzir impactos ambientais. Deve promover, ainda, ações contra o aquecimento global, a fim de reduzir impactos negativos sobre o clima e racionalizar o uso dos recursos naturais”, explicou a superintendente-geral da SGDES.
A construção da Visão 2053 foca em quatro temáticas-chave que se interconectam: educação, cultura, trabalho e tecnologia. As principais áreas de ação da proposta envolvem “Economia circular”, com apoio a programas que conectem o desenvolvimento econômico ao uso mais conservador dos recursos naturais; "Vida Inteligente" (Smart Living), que visa a construção de uma vida integrada e conectada ao meio ambiente, comunicação, lazer, trabalho e educação; “Vivendo dos oito aos oitenta”, ação que visa a prosperidade de forma multidirecional, desde os primeiros anos de vida até a terceira idade; “Transição para indústria 5.0”, mediante apoio para o setor; “Cuidados e vivendo em sociedade”, para subsidiar ações em prol de uma sociedade mais saudável, justa e que preserve o meio ambiente; “Clima e recursos naturais: energia, mobilidade, água e modelos sustentáveis”, que busca minimizar as emissões de gases de efeito estufa e mitigar as mudanças climáticas.
ODS – Considerando o contexto global, Keli Guimarães destaca a união para a construção de mundo efetivamente mais humanitário, sustentável, com dignidade e menos desigualdades. “Construir um futuro com estratégia, assim como fez as Nações Unidas, que desenvolveu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, planejando o futuro que queremos daqui a alguns anos. Alinharemos as políticas públicas e a tomada de decisões pensando num Paraná mais pujante em 2053, ao completar 200 anos”, afirmou.
Os ODS estão contemplados na Agenda 2030, um plano de ação global que reúne 17 ODS e 169 metas, elaborado em 2015 pelos estados-membros da Organização Das Nações Unidas – ONU, entre eles o Brasil. Desde então, a ONU e seus parceiros trabalham para atingir essas metas, com foco em resultados até 2030. Trata-se de um plano voltado à erradicação da pobreza e à promoção de uma vida digna a todos, respeitando os recursos que o planeta possui e sem comprometer a qualidade de vida das próximas gerações.