O Paraná é o estado do Sul que mais tem empresas e pessoas trabalhando em atividades comerciais, mostra a Pesquisa Anual de Comércio, divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até 31 de dezembro de 2021, ano de referência do estudo, o setor empregava 751.428 no Estado, quase 200 mil a mais que Santa Catarina (556.407) e à frente também do Rio Grande do Sul (677.270).
O Estado contava, no período, com 128.114 unidades comerciais, concentrando 36,7% de todas as empresas do setor na região, que somava 348.925 unidades. O Rio Grande do Sul tinha 126.268 empresas e Santa Catarina 94.543.
Segundo o IBGE, o Brasil fechou aquele ano com 1.565.802 empreendimentos comerciais, que empregavam 10.079.858 pessoas. O Paraná foi o terceiro estado em número de empresas, atrás de São Paulo (419.504) e Minas Gerais (178.122), e o quarto em número de trabalhadores do comércio. São Paulo contava com 2.912.419 pessoas ocupadas, Minas Gerais, 1.124.183, e o Rio de Janeiro, 850.347.
As mais de 128 mil unidades comerciais paranaenses tiveram uma receita bruta de R$ 478,4 bilhões em 2021. A margem de comercialização, que é a diferença entre a receita líquida de revenda e o custo das mercadorias vendidas, somou R$ 80,3 bilhões. A remuneração dos empregados do comércio chegou, ao todo, a R$ 20,6 bilhões.
“Os resultados divulgados pelo IBGE confirmam a relevância das atividades comerciais em termos de emprego no Estado do Paraná. Além disso, deve-se considerar que o dinamismo do comércio está relacionado ao nível do poder de compra da população, que, no caso do Paraná, é um dos mais elevados do País”, afirma Jorge Callado, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
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SEGMENTOS – Mais de um terço dos trabalhadores estavam empregados no comércio varejista, que concentrou 516.660 dos postos de trabalho no setor no Estado em 2021. Dentro desse segmento, que contava com 92.407 empresas, os maiores empregadores são o comércio não especializado (que oferecem uma série de mercadorias), com 147.266 empregados, e os supermercados e hipermercados, com 106.133 pessoas ocupadas.
Com 23.497 empreendimentos, o comércio por atacado empregava 164.917 trabalhadores, principalmente dentro do comércio especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tinha 40.361 empregados. Já o comércio de veículos, peças e autopeças contava com 69.851 pessoas ocupadas em 12.210 empresas.
Mesmo com um número menor de empresas, o comércio atacadista teve a maior receita bruta do período, movimentando R$ 265,3 bilhões no período e margem de comercialização de R$ 80,3 bilhões. O comércio varejista teve receita bruta de R$ 168,6 bilhões, com margem de R$ 38 bilhões, e a venda de veículos, peças e motocicletas somou R$ 44,5 bilhões de receita bruta e R$ 7,2 bilhões de margem de comercialização.