A Nova Ferroeste, que vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, marcou a participação do Estado no Fórum de Investimentos Brasil (BIF), evento internacional que reúne representantes do Poder Público e CEOs de grandes multinacionais. Este ano, participaram o presidente Jair Bolsonaro, cinco ministros e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maurício Claver-Carone.
O fórum é composto de salas específicas para a apresentação de projetos públicos e privados voltados para setores estratégicos do País, como energia, infraestrutura além de inovação, agronegócios e tecnologia. O evento faz a ponte entre quem procura colocar em prática um projeto e investidores de olho no mercado.
A apresentação do Paraná foi feita pelo diretor de Desenvolvimento Econômico e Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco. Ele destacou a relevância da economia do Paraná, que tem um dos melhores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, bem como a localização privilegiada e a ligação com o Mercosul.
Para fomentar ainda mais o crescimento, segundo ele, uma das principais propostas do Governo do Paraná é investir em projetos de logística. “Temos uma infraestrutura focada no transporte de grãos, com importantes operadores logísticos no Estado, que possui dois portos, uma das melhores redes de rodovias do Sul do Brasil e o terceiro melhor custo de combustível do País”, explicou.
Rocco falou sobre o projeto da Nova Ferroeste, que terá capacidade para transportar 38 milhões de toneladas já no primeiro ano em operação. A ferrovia terá 1.285 quilômetros e será o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados. “O impacto que isso vai ter representa 3% do PIB do Brasil, uma população beneficiada de 9 milhões de pessoas”, completou.
A Nova Ferroeste deve gerar uma economia de 27% na operação logística de empresas do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina. O empreendimento está estimado em R$ 25 bilhões e deve ser lançado na Bolsa de Valores de São Paulo no primeiro trimestre de 2022. A concessão deve durar 60 anos.
Segundo o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, a participação do Paraná marca uma oportunidade única e mostra que a Nova Ferroeste está entrando aos poucos no imaginário nacional. “É uma maneira do investidor saber com quem se relacionar e sobre qual tema. Então ele faz um filtro nesse processo e vai direcionado no projeto que mais lhe interessa”, avaliou.
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CONCESSÃO DE RODOVIAS – O Governo do Paraná também destacou a nova concessão de rodovias. Rocco demonstrou a meta de ampliação da malha viária para os próximos anos. “Atualmente contamos com 2.500 quilômetros condedidos. Com a nova concessão serão mais de 3.300 quilômetros”, explicou.
Em sete anos a expectativa do Paraná é de aumentar de 36% para 90% o percentual de rodovias com pista dupla, garantindo facilidades logísticas, de turismo e deslocamento. O novo modelo será baseado na menor tarifa com garantia de obras e trará R$ 42 bilhões em investimentos diretos.
“O plano do Paraná é ser um hub logístico da América do Sul, trazendo sólidos investimentos em infraestrutura. Isso vai trazer outros investimentos privados em diversas áreas”, concluiu Rocco.