Com o objetivo de cumprir os compromissos firmados pelo Paraná frente às mudanças climáticas, o Governo do Estado atua em diversas linhas, desde estudos para acompanhar os avanços dos efeitos nocivos até medidas mitigadoras, como o plantio de árvores e a criação de políticas públicas.
A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), por meio de seus órgãos vinculados, como Instituto Água e Terra (IAT) e Simepar, mantém o cronograma da Agenda Paraná de Mudanças Climáticas. Fazem parte desse compromisso a adesão à Carta de Edimburgo e ao Race to Zero (proposta de atuação dos Governadores pelo Clima).
O Paraná atende, ainda, a determinação da Secretaria de Biodiversidade da ONU, de compensação ambiental pela emissão de carbono, através do Programa Paraná Mais Verde. Ou seja, a restauração florestal supre a demanda de compensação ambiental pela emissão de Gases de Efeito Estufa ocasionada por atividades humanas.
De acordo com o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, é necessário pensar em ações que promovam o desenvolvimento do Estado de maneira que ele seja sustentável. “O mundo inteiro está falando em sustentabilidade e no Paraná não é diferente. A Secretaria foi criada em 2019 para alinhar todas as ações que fazem frente à sustentabilidade. Promovemos o desenvolvimento, com geração de emprego e renda, pensando no meio ambiente”, destacou Nunes.
O secretário afirmou, ainda, que o Paraná está criando o Selo Feito no Paraná Sustentável, assim como já possui o Ranking Cidades pelo Clima e o Selo Clima, que condecora com três tipos de selos as empresas que emitem o relatório de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE).
“São ações fundamentais, ainda, a contratação do Plano Estadual de Mudanças Climáticas, a Política Estadual de Resíduos Sólidos, assim como o Programa Estadual de Resíduos Sólidos e a Política Estadual de Crédito de Carbono”, lembrou Nunes.
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MITIGAR – As mudanças climáticas têm ocasionado uma série de problemas a vários setores da sociedade e ao ecossistema. As principais ações são o derretimento da massa de gelo nos polos, o avanço do nível dos mares e oceanos, e o maior número de inundações e enchentes, além da destruição de ambientes costeiros e ameaça à existência de estados insulares menores.
No dia a dia, percebe-se, ainda, a falta de água para abastecimento, problemas na produção de alimentos e aumento de doenças infecciosas.
Como forma de contribuir para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, a Sedest atua fortemente com dois grandes programas: o Paraná Mais Verde e o Programa Estadual de Educação Ambiental.
“Os dois programas estão interligados com a promoção da conscientização da população para o plantio de árvores, o que contribui para diminuir os impactos negativos provocados pelas mudanças climáticas”, afirmou o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto.
O Paraná Mais Verde já distribuiu, desde 2019, mais de 3 milhões de mudas nativas. Pelos 19 viveiros florestais do Estado, são produzidas cerca de 100 espécies de árvores nativas, inclusive ameaçadas de extinção como araucária, imbuia e peroba rosa.
A estimativa é de que uma área que equivale a 1.800 campos de futebol já tenha sido reflorestada com o plantio dessas mudas. O Paraná possui 19,9 milhões de hectares de vegetação, sendo 5,8 milhões de hectares de floresta nativa (29,117%) e 1,2 milhões de hectares de plantios florestais (6,466%).
A política de educação ambiental, através do Programa Estadual de Educação Ambiental do Paraná (PEEA-PR), visa planejar e implementar ações decorrentes da Política Estadual de Educação Ambiental, estabelecida pela Lei Estadual 17.505/2013 e regulamentada pelo Decreto nº 9.958/2014.
Além disso, a Sedest retomou o Programa Parque Escola, que tem como objetivo promover ações educativas com informações sobre as Unidades de Conservação, fomentando a sensibilização ambiental.
SINAIS DA NATUREZA – Em parceria com o Simepar, são desenvolvidos projetos e ações de prevenção, adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas por meio do programa Sinais da Natureza. O programa busca parcerias e cooperações técnicas com outros órgãos e instituições de pesquisa, a fim de catalisar os projetos, ações, e principalmente, seus produtos.
O órgão possui mais de 100 estações automáticas, três radares meteorológicos e uma série de equipamentos que dão suporte ao monitoramento, tais como barcos autônomo, drone e um avião VTOL. Além de fonte de previsão do tempo, o Simepar atua em projetos operacionais e de pesquisa que contribuem, inclusive, com o enfrentamento à crise hídrica atual.
ODS – Todas as ações contemplam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e compõem o documento chamado Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável – agenda global assinada sob os auspícios das Nações Unidas para guiar novas políticas públicas e o engajamento da sociedade como um todo, estimulando processos de governança sustentável e o estabelecimento de bancos de boas práticas entre os países até 2030.
Ela tem 17 ODS, que abrangem os principais aspectos da sociedade. Entre os objetivos, estão a erradicação da pobreza, da fome, a promoção da igualdade de gênero, o estabelecimento de energia renovável e acessível, educação de qualidade, a promoção da inovação, o crescimento econômico, o estabelecimento de parcerias, entre outros. A proposta é que sociedade, empresas, academia e governo atuem juntos para cumprir os objetivos.