Paraná alcança vice-liderança de empregos da construção civil: 13 mil vagas em 2024

Ano passado, as empresas ligadas ao setor admitiram cerca de 162 mil trabalhadores e desligaram outros 149 mil. Maior volume foi registrado entre as empresas de infraestrutura, seguida pelas que prestam serviços especializados em construção e as ligadas à construção de edifícios.
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31/01/2025 - 16:56

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Em 2024, mais 13.067 pessoas passaram a trabalhar formalmente no setor da construção civil no Paraná, que registrou o segundo maior volume de contratações do Brasil no último ano. O saldo positivo do Estado neste segmento resulta de 161.635 contratações e de 148.568 demissões no último ano, conforme os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

A vice-liderança nacional em empregos gerados na construção civil, abaixo apenas de São Paulo, com 22.961 vagas criadas, ajudou a puxar para cima o resultado geral do mercado de trabalho do Paraná. Nos 12 meses do ano passado, as empresas de todos os segmentos admitiram 128 mil pessoas a mais do que o número total de desligamentos no mesmo período, quarto melhor índice do Brasil.

Todas as subcategorias analisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego tiveram saldo positivo no último ano. O melhor resultado foi entre as empresas ligadas a obras de infraestrutura, responsáveis por 4.746 vagas formais geradas, seguida de perto pelas empresas que prestam serviços especializados para a construção, com 4.732. As empresas de construção de edifício completam a lista, com 3.589 novos empregados.

Para o secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, os dados divulgados pelo Caged comprovam que o Paraná vive um bom momento econômico. “O Paraná mais uma vez surpreende com resultados expressivos na geração de empregos. Isso demonstra que o Governo do Estado está tomando as decisões corretas, estimulando o desenvolvimento de maneira sólida”, afirmou.

Moraes destacou ainda que a indústria paranaense também teve uma contribuição relevante para o resultado estadual. Assim como a construção civil, o setor terminou 2024 com o segundo melhor saldo de empregos entre os estados brasileiros, com 31 mil vagas geradas.

“O Paraná consolidou sua posição como um dos motores da economia brasileira ao conquistar o segundo lugar no ranking nacional de geração de empregos nos setores da Construção Civil e da Indústria em 2024. Ficar atrás apenas de São Paulo, um estado com dimensões e industrialização muito maiores, demonstra a força e a pujança da economia paranaense”, comentou o secretário estadual.

ESTÍMULOS –  O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Carlos Cade, enfatiza o poder multiplicador do setor, que acaba impactando outros setores, como as empresas ligadas à indústria e à prestação de serviços.

“A construção é um setor importante para a geração de emprego e renda para milhares de famílias, beneficiando inclusive outros segmentos. Para cada emprego formal criado no setor, são gerados outros quatro postos de trabalho na cadeia produtiva”, destacou Cade.

O presidente do Sinduscon também considera que o desempenho positivo no Paraná é reflexo dos investimentos do setor privado em obras do mercado imobiliário, mas também dos estímulos promovidos pelo setor público, que de acordo com ele tem papel fundamental neste segmento.

Um dos exemplos citados por Cade é o programa Casa Fácil Paraná, cujos investimentos do Governo do Estado ajudaram a destravar a construção de empreendimentos imobiliários, além de facilitar o acesso da população paranaense de menor renda à moradia própria. “Um estudo recente feito pelo Sinduscon-PR revelou que o investimento, da ordem de R$ 1 bilhão em obras públicas, gerou mais de 11 mil empregos”,

Outro fator que deve garantir que a construção civil permaneça aquecida nos próximos são as grandes obras estruturais feitas com a participação do Governo do Estado. Entre elas, estão obras emblemáticas, como a Ponte de Guaratuba, cuja construção já ultrapassou 35%, e a duplicação da Rodovia das Cataratas, em Foz do Iguaçu, onde os serviços chegaram a 42%.

O maior impulso para o setor, no entanto, deve ocorrer por meio do novo pacote de concessões rodoviárias, que já teve quatro dos seis lotes leiloados, com os últimos dois leilões previstos para 2025. No total, serão investidos cerca de R$ 60 bilhões em obras de melhorias de 3,3 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais que cortam o Paraná, a serem executadas nos próximos anos, além das obras de manutenção e conservação durante os 30 anos de vigência do contrato.

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