Paraná abre 18,2 mil vagas de emprego formal em fevereiro

Desempenho é o melhor para o mês dos últimos cinco anos, conforme o Caged. No acumulado do primeiro bimestre, Estado é o quarto no ranking nacional, somando 27.995 vagas formais abertas entre janeiro e fevereiro de 2019.
Publicação
25/03/2019 - 17:20

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O Paraná criou 18.254 novos empregos formais em fevereiro. É mais que o dobro contabilizado em fevereiro de 2018, quando foram criadas 7.703 vagas, e o melhor resultado para o mês desde 2014 (que registrou 25.612 vagas). Em todo o País, foram abertos 173.139 postos de trabalho, com saldos positivos em 20 das 27 unidades da federação - também a melhor performance dos últimos cinco anos.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Ministério da Economia.

Com o forte incremento verificado em fevereiro, o Paraná ampliou para 27.995 o total de vagas formais geradas no primeiro bimestre de 2019. O Estado ficou em quarto lugar no ranking nacional, também com o melhor resultado desde 2014. No Brasil, foram criadas 211.474 vagas nos dois primeiros meses do ano.

“O crescimento no número de empregos é mais um sinal da retomada econômica do Paraná”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior. No primeiro bimestre, a Junta Comercial do Paraná registrou a abertura de 7.910 novos negócios, aumento de 25,8% em relação ao mesmo período de 2018.

“Nosso governo está adotando uma série de medidas para otimizar os recursos públicos, como reforma administrativa, cortes de gastos e revisão de contratos. Assim, teremos mais dinheiro em caixa para investir e apoiar empresas que geram emprego, tecnologia e desenvolvimento para o nosso Estado”, afirmou o governador.

TENDÊNCIA - O resultado do mercado formal paranaense é decorrente de 119.376 contratações e 101.124 desligamentos no último mês. Com este desempenho, o Estado foi o quinto em número absoluto de geração de vagas, atrás de São Paulo (62.339), Minas Gerais (26.016), Santa Catarina (25.304) e Rio Grande do Sul (22.463).

“É um excelente resultado. Passamos por um período de crise; 2017 e 2018 foram anos de recuperação e 2019 vem numa tendência de aumento na criação de empregos formais”, aponta a economista Suelen Glinski, do Observatório do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho. “Em fevereiro, o Paraná foi responsável por 8% do total de admitidos do País”, ressalta.

Em termos percentuais, o Paraná registrou a terceira maior variação no estoque de trabalhadores assalariados (0,70%), superado apenas por Santa Catarina (1,25%) e Rio Grande do Sul (0,89%) e acima da média nacional (0,45%). O Estado fechou fevereiro com 2.622.844 empregados no mercado formal.

GOVERNO - O secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost destaca a contribuição do Governo do Estado para ajudar a gerar renda e emprego. Ele cita o APP Paraná Serviços, lançado em 18 de março, que faz a intermediação entre o contratante e o profissional prestador de serviços. “Essa ferramenta vai ajudar a aumentar ainda mais o nível de empregabilidade e contribuir para a redução da informalidade no Estado”, afirma.

SETORES – No último mês, oito setores econômicos apresentaram saldo positivo de empregos no Paraná. O segmento de serviços respondeu por praticamente metade das novas vagas (9.363). “O resultado se deve principalmente aos subsetores de ensino, alojamento e alimentação, principalmente pela volta às aulas”, indica a economista Suelen Glinski.

O segundo melhor desempenho foi da indústria de transformação (3.692), impulsionada pelo subsetor têxtil. “A indústria vem se recuperando mês a mês, desde o ano passado. É ótimo porque paga maiores salários e exige maior nível de qualificação do trabalhador”, comenta Suelen. Na sequência, aparecem: comércio (2.841), agropecuária (1.006) e construção civil (697). 

MUNICÍPIOS - As cidades paranaenses com maiores saldos de emprego no mês passado foram: Curitiba (3.597), Maringá (1.205), Ponta Grossa (1.000), Cascavel (864) e Pato Branco (671).

“Observamos crescimento em todas as regiões do Estado. Além da capital, nos grandes centros urbanos, por conta das universidades e da volta às aulas, os números se mostraram positivos”, analisa a economista. Entre as regiões metropolitanas, a de Curitiba teve o terceiro maior saldo: 5.843 postos, com alta de 0,59% em relação à quantidade de assalariados em janeiro.

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