PMs iniciam treinamento para
atuar na segurança das escolas

100 policiais participaram da formação. Foram selecionados em todas as fases do processo, como saúde física e psicológica. Ao término das capacitações, que têm 20 horas de duração, os policiais começam imediatamente a atuar nas escolas inscritas no programa. O curso para os diretores das escolas teve duração de 4h30.
Publicação
02/05/2019 - 16:00

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(ATUALIZADA) Policiais militares da reserva selecionados no Programa Escola Segura, do Governo do Estado, para atuar na segurança das escolas estaduais, iniciaram nesta quinta-feira (02) os cursos de treinamento e aperfeiçoamento. Eles foram selecionados em todas as fases do processo (previsto em edital), como saúde física e psicológica.

Ao término das capacitações, que têm 20 horas de duração, os policiais começam imediatamente a atuar nas escolas inscritas no programa.

Ao todo 100 policiais participaram da formação simultaneamente em São José dos Pinhais (na Grande Curitiba), Londrina (Norte) e Foz do Iguaçu (Oeste). Mais policiais militares serão convocados à medida que o projeto for expandido. O início dos trabalhos será nesta segunda-feira (06), e o lançamento oficial do projeto será no dia 10. Até lá haverá um período de adaptação e integração entre o policial e a comunidade escolar.

Para os profissionais que atuarão na RMC, o treinamento ocorre na Academia Policial do Guatupê (APMG), em São José dos Pinhais. Em Londrina, a capacitação acontece na sede do 5º Batalhão de Polícia Militar, e em Foz do Iguaçu o treinamento será no auditório da Associação da Vila Militar da cidade.

Além da presença física do policial, o programa também prevê o suporte de unidades móveis da Polícia Militar e integração com o serviço de inteligência da área de segurança.

Os policiais vão participar de treinamentos técnicos de conhecimentos gerais sobre o policiamento escolar, abordagem policial e capacitação de tiro.

“Eles estão vendo quais serão as atribuições dentro e no entorno das escolas, o histórico do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária, limites entre indisciplinas e atos infracionais e as atribuições específicas do BPEC e do corpo de militares do programa”, explicou o capitão David Paris do Amaral.

O superintendente de Planejamento e Gestão Escolar da Secretaria de Estado da Educação, Valter Miguel Claro, disse que os cursos foram pensados para que o trabalho dos policiais aconteça em harmonia com a gestão escolar. “Cada um terá uma função específica no cotidiano escolar e para isso pensamos na formação conjunta, para que eles saibam qual será a atribuição de cada um”.

O curso para os diretores teve duração de 4h30, durante as quais trabalharam questões relacionadas às atribuições da equipe gestora das escolas, ato infracional e indisciplina, encaminhamento e medidas socioeducativas, além da interação com os policiais militares.

PROGRAMA - O programa é resultado da parceria entre as Secretarias da Educação e da Segurança Pública, que prevê a presença de policiais militares da reserva nas escolas estaduais em dois turnos: das 7h às 15h e das 15h às 23h. Serão dois policiais militares por escola.

O programa Escola Segura será implementado inicialmente em 100 escolas em Foz do Iguaçu, cidade de fronteira internacional, em Londrina, segunda maior cidade do Paraná, e na Região Metropolitana de Curitiba.

Para a cidade de Londrina foram convocados 34 policiais militares. Em Foz do Iguaçu, a convocação foi para 16 militares, e para a Região Metropolitana da Capital foram 50 profissionais, totalizando 100 convocados. Eles integram o Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários - Projeto Escola Segura, e darão os primeiros passos do programa, ainda em fase de testes.

“Em breve a Polícia Militar fará uma nova chamada objetivando criar banco de reserva para garantir o atendimento das 100 escolas anunciadas para o projeto-piloto. Deste primeiro chamamento, esta é a última fase do processo de seleção dos voluntários, para que eles possam estar atuando à frente desse projeto”, disse o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Lanes Randal Prates Marques.

Segundo o comandante do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, tenente-coronel Mario Jorge Alves Lopes, essa nova ferramenta de segurança em escolas, que se somará aos programas já existentes, visa proporcionar à comunidade escolar uma expansão à rede de segurança, colaborando com o desenvolvimento cultural e social dos estudantes.

EXPECTATIVA - O cabo Paulo Godoy Mendes, que atuará na RMC, está animado com o retorno ao trabalho operacional e buscará interagir com os alunos para melhorar a segurança nos colégios. Segundo ele, a expectativa é dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária e aproximar ainda mais a corporação da comunidade escolar. “Além de contribuir com a segurança pública dos colégios, vamos trabalhar juntos com o BPEC na interação com alunos, diretores, professores e com a comunidade”, disse Godoy, que tem 25 anos de serviço militar.

Depois de 30 anos de corporação, o soldado Roberto Ferreira da Silva resolveu se inscrever no programa para levar um pouco da sua experiência para o ambiente escolar. “Será uma oportunidade muito boa para trabalhar com os adolescentes e levar um pouco desse conhecimento adquirido ao longo dos anos para ajudar as escolas”, disse o militar, que também é auxiliar de enfermagem e tecnólogo em radiologia.

Em Foz do Iguaçu, um dos participantes é o cabo Danúbio Freitas. “Fiquei quatro anos longe da Polícia Militar e é uma grande honra voltar ao trabalho. É um trabalho importante mexer com os jovens em formação moral, intelectual e de conhecimento, na fase de sua formação como cidadão”.

Para o sargento Adeilson Borges Ferreira, que vai atuar em Londrina, esse projeto é importante para a integração dos adolescentes com a Polícia Militar. “Um pai que vê um policial dentro da escola sente-se muito melhor vendo seu filho naquele local”, afirmou.

REMUNERAÇÃO - A remuneração dos integrantes foi definida pelo decreto 841 de 15 de março de 2019. R$ 3 mil para soldado, R$ 3,3 mil para cabo, R$ 3.564,00 para 3º sargento e R$ 3.813,00 para 2º sargento. O valor da remuneração foi decidido pelo Governo do Estado e pela Polícia Militar no sentido de valorizar o trabalho preventivo que será feito pelos profissionais.

O edital de convocação para os selecionados do programa foi divulgado na terça-feira (30) e a apresentação do efetivo ocorreu no início da manhã desta quinta-feira (02) nas cidades onde serão utilizados.

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50 colégios receberão o projeto neste primeiro momento

Na Região Metropolitana de Curitiba foram contemplados 25 colégios: o Colégio Estadual Marilze da Luz Brand (Araucária); o Colégio Estadual Maria da G. Silva Lima (Araucária); o Colégio Estadual Agalvira B. Pinto (Araucária); o Colégio Estadual Macedo Soares (Campo Largo); o Colégio Estadual Djalma Marinho (Campo Largo); o Colégio Estadual Abílio Lourenço dos Santos (Fazenda Rio Grande); o Colégio Estadual Cunha Pereira (Fazenda Rio Grande); o Colégio Estadual Shirley C. T. Machado (São José dos Pinhais); o Colégio Estadual Guatupê (São José dos Pinhais); o Colégio Estadual Lindaura R. Lucas (São José dos Pinhais); o Colégio Estadual Elza Scherner Moro (São José dos Pinhais) e o Colégio Estadual Chico Mendes (São José dos Pinhais).

Também foram contemplados o colégio estadual Ambrósio Bini (Almirante Tamandaré); o colégio estadual Edimar Wright (Almirante Tamandaré); o colégio estadual Angela Sandri Teixeira (Almirante Tamandaré); o colégio estadual Ivan F. do Amaral Filho (Campina Grande do Sul); o colégio estadual Timbu Velho (Campina Grande do Sul); o colégio estadual Genesio Moreschi (Colombo); o colégio estadual Antônio L. Braga (Colombo); o colégio estadual Bento M. da Rocha Neto (Colombo); o colégio estadual Arnaldo F. Busato (Pinhais); o colégio estadual Humberto A. Castelo Branco (Pinhais); o colégio estadual Rosilda de S. Oliveira (Piraquara); o colégio estadual Mario B. T. Braga (Piraquara) e o colégio estadual Ivanete M. de Souza (Piraquara).

LONDRINA - São 17 colégios: o colégio estadual Vicente Rijo; o colégio estadual Olympia M. Tormenta; o colégio estadual Maria José Balzanelo Aguilera; o colégio estadual Lucia Barros Lisboa; o colégio estadual Carlos de Almeida; o colégio estadual José de Anchieta; o colégio estadual Adelia de Barbosa; o colégio estadual Professor Ubedulha Correia de Oliveira; o colégio estadual Roseli Piotto Roehrig; o colégio estadual Nilo Peçanha; o colégio estadual João Rodrigues da Silva; o colégio estadual Thiago Terra; o colégio estadual Vani Ruiz Viessi; o colégio estadual Ana Molina Garcia; o colégio estadual Humberto Puiggari Coutinho; o colégio estadual Nossa Senhora Lourdes e o colégio da Polícia Militar.

FOZ DO IGUAÇU - O projeto beneficiará oito colégios: o colégio estadual Ipê Roxo; o colégio estadual Arnaldo Busatto; o colégio estadual Ayrton Senna da Silva; o colégio estadual Paulo Freire; o colégio estadual Carmelitas Dias; o colégio estadual Flavio Warken; o colégio estadual Santa Rita e o colégio estadual Ulysses Guimarães.

ESCOLA SEGURA - O programa Escola Segura é uma iniciativa do Governo do Estado, em conjunto com a Polícia Militar e com a Secretaria de Estado da Educação, para que a comunidade escolar tenha mais segurança e esteja integrada com a PM. O trabalho é um complemento às atividades preventivas já desempenhadas pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), unidade responsável pelo treinamento dos policiais militares voluntários e que coordenará o trabalho do programa nos colégios estaduais.

Com a presença mais constante nos colégios, o objetivo é reforçar a atuação preventiva da Polícia Militar, desenvolvendo atividades que envolvam estudantes, pais e responsáveis, incluindo ainda os professores e a coordenação pedagógica das unidades de ensino, para inibir crimes e delitos, bem como incentivar a participação da comunidade escolar em ações que previnam o tráfico e uso de drogas, violência, bullyng e dano ao patrimônio público.

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