A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu preventivamente 16 pessoas envolvidas na falsificação de documentos públicos. As prisões ocorreram durante uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (6), em São Paulo. O esquema criminoso causou prejuízos financeiros ao Tribunal de Justiça do Paraná.
Durante a ação policial, foram apreendidos documentos falsos, dinheiro, drogas e munições. Dois dos presos foram autuados em flagrante por tráfico de drogas.
As diligências ocorreram simultaneamente em São Paulo (capital), Mogi das Cruzes e Mauá. A operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, destacando a colaboração entre as forças de segurança estaduais.
O delegado Thiago Lima explicou que a organização criminosa falsificava documentos em nome de servidores e juízes do Tribunal de Justiça do Paraná. "Os indivíduos criavam certificados digitais, assinavam documentos de alvarás de valores depositados em contas judiciais e, posteriormente, movimentavam grandes quantias", afirmou.
De acordo com as investigações, o grupo tentou movimentar uma alta quantia de dinheiro recentemente. A segurança bancária e a do Tribunal identificaram a fraude e bloquearam as transações, restringindo majoritariamente o prejuízo.
“Essas prisões foram decorrentes de investigação de crime de estelionato digital e fraude eletrônica. Os certificados eram todos criados no estado de São Paulo”, relatou o delegado José Barreto.
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A investigação foi iniciada em setembro de 2023, após o Tribunal de Justiça identificar as fraudes no sistema. A operação revela a complexidade e a sofisticação das ações dos criminosos, que utilizaram técnicas avançadas para enganar o sistema.
Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento público, invasão de dispositivo informático, estelionato eletrônico e participação em organização criminosa.
A operação também revelou que o grupo atuou contra o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe. Simultaneamente, a Polícia Civil de Sergipe, em conjunto com as polícias civis do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, cumpriu mandados contra a mesma organização criminosa.