A Polícia Civil do Paraná (PCPR) – em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Militar do Paraná (PMPR), Polícia Penal do Paraná (PPPR) e Guarda Municipal (GM) – desencadeou, nesta quarta-feira (11), duas operações simultâneas com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com atuação em Ponta Grossa e outras cidades dos Campos Gerais, além de outras regiões do Estado e do País.
As operações, denominadas “Daybreak” e “Concórdia”, resultaram de investigações coordenadas que identificaram a atuação de ao menos 39 pessoas, entre adultos e adolescentes, vinculadas a crimes como associação criminosa, homicídios, tráfico de drogas, porte ilegal de armas, lavagem de dinheiro e corrupção de menores.
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A Operação Daybreak teve como alvo um grupo formado para executar rivais e desafetos, responsável por ao menos 21 homicídios consumados e seis tentativas, desde janeiro de 2023. Os criminosos eram chefiados por um preso que emitia ordens e acompanhava execuções em tempo real por chamadas de vídeo.
A PCPR cumpriu mandados nas cidades de Ponta Grossa, Ivaí e Carambeí, todas nos Campos Gerais. Até o momento, 28 integrantes foram identificados, incluindo seis adolescentes, e diversas armas de fogo foram apreendidas.
Já a Operação Concórdia, mirou dois grupos criminosos da mesma organização envolvidos em tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e dois de bloqueios de contas bancárias nas cidades de Ponta Grossa, Ivaí, Carambeí e Curitiba.
O delegado Nagib Nassif Palma destacou a integração entre as forças de segurança como crucial para o êxito das operações. “Essa união demonstra a eficácia do trabalho conjunto no combate ao crime organizado, garantindo resultados expressivos e fortalecendo a segurança da nossa comunidade”, disse.
Além das prisões, foi solicitada a transferência do líder do grupo para o sistema penitenciário federal e o isolamento de outros três presos. Segundo as autoridades, as ações têm como objetivo não apenas desmontar a estrutura criminosa, mas também sufocar financeiramente as organizações, com o bloqueio de bens e contas ligadas aos investigados.
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e consolidar os avanços no combate ao crime organizado na região.