PCPR e PRF prendem 13 pessoas de grupo especializado em roubo de cargas de cigarros

Operação mobilizou 60 policiais e ocorreu simultaneamente no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Durante o cumprimento dos mandados judiciais foram apreendidas duas armas de fogo, R$ 112 mil em espécie, cheques, drogas, quatro veículos, cigarros, cigarros eletrônicos e celulares.
Publicação
11/09/2024 - 08:50

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam 13 integrantes de uma organização criminosa especializada em roubos de cargas de cigarros. A ação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (11). O grupo é suspeito de causar prejuízos que ultrapassam R$ 4 milhões em uma série de mais de dez assaltos.

Dos presos, 11 foram por mandado de prisão preventiva e dois em flagrante, sendo um por porte de arma de fogo e um por receptação de uma carga de cigarros. Durante o cumprimento dos mandados judiciais foram apreendidas duas armas de fogo, R$ 112 mil em espécie, cheques, drogas, quatro veículos, cigarros, cigarros eletrônicos e celulares.

A operação, que mobilizou 60 policiais, aconteceu simultaneamente em duas cidades no Paraná – Telêmaco Borba e Ibiporã –, três em Santa Catarina – Balneário Barra do Sul, Navegantes e Itapema – e em Indaiatuba, em São Paulo. A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) apoiou a ação durante o cumprimento dos mandados.

A investigação revelou que o grupo atuou em seis cidades paranaenses: Castro, Guarapuava, Ipiranga, Nova Esperança, Ponta Grossa e Ventania. A investigação foi iniciada em abril de 2024, após a prisão de um dos suspeitos que transportava uma carga de cigarros avaliada em meio milhão de reais.

​​​​​​​A organização era altamente organizada e costumava monitorar a rotina dos funcionários das empresas transportadoras para planejar os ataques. Os assaltos eram realizados com o uso de armas de fogo e as vítimas eram mantidas reféns durante a ação.

De acordo com o delegado da PCPR, André Feltes, o grupo agia de maneira sofisticada, utilizando veículos com placas clonadas e notas fiscais frias, emitidas por um dos integrantes da organização criminosa.

“O grupo utilizava vans com placas falsas nos roubos para realizar o transbordo das cargas de cigarros. Eles revendiam essas cargas para um empresário que atuava no ramo de tabacaria, em Santa Catarina. Para o transporte das cargas até o estado vizinho, a organização utilizava notas fiscais frias, emitidas por um integrante do grupo. Dentre os investigados estão indivíduos responsáveis pela intermediação das vendas dos cigarros roubados”, explica Feltes.

O policial rodoviário federal Mark Ferreira conta que houve um intenso intercâmbio de informações entre as instituições ao longo da investigação. “Houve uma troca constante de informações durante a investigação. Como os criminosos utilizavam rodovias federais para transitar, pudemos contribuir de maneira decisiva com a investigação da Polícia Civil”, afirma.

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