A Polícia Civil do Paraná (PCPR) celebra, nesta quarta-feira (25), o Dia do Policial Civil Veterano. A data foi incluída no calendário oficial da instituição como uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho dos profissionais que dedicaram anos de serviço e já se aposentaram.
“O maior bem da Polícia Civil do Paraná são os policiais civis. O esforço e a dedicação de cada um que passou pela instituição foram fundamentais para construir a PCPR de hoje. Homenagear nossos veteranos é reconhecer que nossa história foi forjada pela dedicação e profissionalismo de cada homem e mulher que dedicou sua vida a servir e proteger o povo do Paraná”, afirma o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach.
Neste ano, a PCPR destaca as trajetórias profissionais da delegada Vanessa Alice, de 62 anos, e do policial Elpídio Ramos, de 96.
Ela iniciou sua carreira na PCPR em 1997 na Delegacia da Mulher, em Curitiba. Segundo Vanessa, tornar-se policial foi um sonho realizado. “Optei pelo concurso para delegado de polícia porque eu tinha um ideal de trabalhar com direito penal, com pessoas, procurando fazer um pouco de justiça para aqueles que se sentiam injustiçados”, afirma.
Durante seus 27 anos de carreira a delegada passou por diversas unidades, como a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e a Delegacia de Estelionatos. Nos três últimos anos esteve novamente na Delegacia da Mulher, onde conseguiu, junto com sua equipe, solucionar todos os casos de feminicídio que investigou.
A aposentadoria veio no começo de 2024. Ao fazer um balanço de sua carreira, a delegada se diz satisfeita e também aconselha os policiais que estão iniciando na profissão.
“Sou uma profissional totalmente realizada. Ser policial é muito gratificante porque podemos ver nas pessoas que atendemos um olhar de gratidão. Para os policiais que estão entrando, digo que procurem sentir isso. Trabalhem com a mente e também com o coração”, conclui.
O policial Elpídio Ramos entrou na PCPR em 1965, aos 37 anos. Na época, ele ainda não era policial e trabalhava como motorista de viaturas do 1º Distrito Policial, no Centro de Curitiba. Após 22 anos na instituição, em 1987, assumiu o cargo de agente de segurança por meio de um processo seletivo interno que era permitido pela legislação na época.
“Nunca pensei em virar policial, mas a profissão me escolheu. Me encontrei e fui feliz, trabalhei com diversos delegados que confiavam em mim. Trabalhei com grandes pessoas e fiz muitos amigos. Meus plantões eram bons graças à presença deles”, afirma o policial veterano.
Em 1993, devido a mudanças na estrutura da carreira, ele se tornou investigador de polícia, cargo no qual se aposentou, em 2001. Depois de 23 anos de aposentadoria, ele deixa um conselho aos profissionais que ainda estão na ativa. “Zelem pelo trabalho. A integridade deve ser sempre a sua única escolha", conclui.
