Orquestra Sinfônica do Paraná apresenta "Encontro com o Barroco" neste domingo

Repertório é composto por obras de grandes mestres como Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi e Jean-Philippe Rameau. A regência é do maestro convidado Luís Otávio Santos, referência internacional no universo da música antiga e um dos mais respeitados violinistas barrocos da atualidade.
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22/10/2024 - 16:00
Editoria

A Orquestra Sinfônica do Paraná apresenta neste domingo (27), no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão), o concerto “Encontro com o Barroco”, com repertório composto por obras de grandes mestres como Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi e Jean-Philippe Rameau. A regência é do maestro convidado Luís Otávio Santos. O concerto começa às 10h30.

Os ingressos para o “Encontro com o Barroco” custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada), disponíveis no site DeuBalada.com e na bilheteria do Teatro Guaíra. Vale destacar que 20% dos ingressos serão distribuídos gratuitamente ao público interessado que não possa adquiri-los a preços populares, sujeito à disponibilidade.

“Trago uma linguagem diferente, inspirada em peças bem conhecidas e outras não tão conhecidas. A orquestra de Jean-Philippe Rameau, por exemplo, é tocada habitualmente por músicos barrocos, mas que raramente é executado por músicas de orquestras sinfônicas”, nos conta o maestro convidado, Luís Otávio Santos, que rege a Orquestra Sinfônica do Paraná com repertório barroco pela segunda vez.

Segundo o maestro, esse encontro de linguagens promete uma experiência singular para o público. "Os músicos da orquestra sinfônica não se tornarão músicos barrocos de uma hora para outra, mas o resultado final será algo muito diferente do habitual", destacou. O público pode esperar uma interpretação renovada, tanto das obras mais conhecidas quanto das mais inéditas.

REFERÊNCIA - Natural de Minas Gerais, o maestro é uma referência internacional no universo da música antiga e um dos mais respeitados violinistas barrocos da atualidade. Com uma carreira consolidada na Europa, Luís Otávio Santos também é um dos idealizadores do prestigiado “Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora”, reconhecido como patrimônio histórico imaterial pelo IPHAN.

Ele explica que a sonoridade dos instrumentos usados para execução de obras barrocas é outro diferencial deste concerto. A diferença mais visível está nas cordas, feitas de tripa de carneiro em vez de metal, o que exige uma técnica completamente distinta. “O violino é instrumento típico do barroco, mas a técnica antiga de tocar este instrumento se perdeu com o tempo  e sofreu algumas modificações”, explica.

“O violino que uso, por exemplo, as corda são de tripa de carneiro, não são de aço, é preciso usar outras técnicas. Então, este concerto será uma oportunidade de trazer algo bem diferente, porque também a orquestra fica sugestionada a tocar de uma outra forma que também não é a habitual”, diz Santos.

SOLISTAS - O concerto contará com a apresentação de quatro solistas, todos membros da Orquestra Sinfônica do Paraná, que executarão obras para duos de violino e de violoncelo compostas por Vivaldi. Os violinistas Moisés Nesi e Caik Rodrigues irão executar o solo do Concerto nº 8 para 2 Violinos em Lá menor de Antonio Vivaldi, e os violoncelistas María José Bellorín e Raphael Leal  serão os solistas da obra  Concerto para 2 violoncelos em Sol menor, o único concerto duplo para violoncelo escrito pelo compositor italiano.

SOBRE O GÊNERO BARROCO - O período barroco, que abrange do século XVII até meados do século XVIII, foi um dos mais revolucionários e influentes na história da música ocidental. Foi nesse período que a música instrumental atingiu sua maturidade, com o surgimento de gêneros como a suíte e o concerto, além da introdução do virtuosismo instrumental e da expansão das orquestras de Câmara.

OBRA SUSPENSA DO POTY -  O concerto com o barroco será também uma oportunidade para o público conferir uma obra do artista curitibano Poty Lazzarotto, que raramente podem ser vistas: a cortina corta-fogo do auditório Bento Munhoz da Rocha (Guairão) que ficará exposta até domingo. 

Com 9 metros de altura e 17 metros de largura, a ilustração da cortina corta-fogo do Guairão foi concluída em 1988, com o intuito de servir de cenário para apresentações da Orquestra Sinfônica do Paraná. Porém, por questões de segurança, continuou na retaguarda para ser baixada somente para sua função original, ou seja, evitar que eventuais incêndios pudessem comprometer toda a estrutura do teatro.

"Como se trata de um concerto com a orquestra reduzida, poderemos aproveitar a oportunidade para mostrar ao público esta obra do grande mestre Poty e de elemento cênico para a apresentação”,  explica Áldice Lopes, diretor artístico do Centro Cultural Teatro Guaíra.

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