Novo ciclo do Rio Vivo vai soltar 2,6 milhões de peixes nativos nas bacias do Paraná

O repovoamento dos rios conta com espécies nativas como lambaris, dourados, pintados, pacus e traíras. A ação é uma iniciativa da Sedest em parceria com o IAT, executada pela Superintendência de Pesca e Bacias Hidrográficas e Pesca — a meta é soltar 10 milhões de peixes até 2026.
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08/11/2024 - 09:00

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O Governo do Paraná vai promover a soltura de 2,626 milhões de peixes de espécies nativas em rios estaduais a partir deste mês, dando início à segunda fase do projeto Rio Vivo. Na primeira etapa, entre 2021 e 2022, foram 2,615 milhões de peixes. A meta é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, lambari, dourado e pintado, até 2026.

O investimento por parte da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), coordenadora da ação, é de R$ 557,8 mil neste ciclo. Serão contempladas as bacias dos rios Iguaçu, Ivaí, Piquiri e Tibagi. Os peixes que serão soltos são em estágio juvenil de desenvolvimento, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos.

“O Rio Vivo é o maior trabalho de repovoamento de peixe na história do Paraná, um reconhecimento das nossas vocações hídricas e da pesca esportiva. Essas ações demonstram como o Paraná é referência em sustentabilidade”, destacou o superintendente geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SBHP) da Sedest, Francisco Martin.

Segundo ele, a reinserção de peixes nativos nos rios do Estado, também chamada de repovoamento, garante o incremento e o desenvolvimento de espécies nativas das bacias do Paraná, auxiliando na expansão populacional de espécies essenciais para o equilíbrio do ecossistema.

“Estamos recuperando nossas bacias e dando um novo olhar para o Paraná, que tem essa vocação para pesca profissional e esportiva”, afirmou o superintendente. “São peixes que estão na medida certa para entrarem na natureza. Não são pequenos demais para virarem presas e não ficaram grandes demais a ponto de perderem a capacidade de caçar”, acrescentou.

Além das ações de repovoamento, a Superintendência Geral de Desenvolvimento das Bacias Hidrográficas é responsável por regularizar a atividade da pesca em todo o Estado. Entre as atribuições estão a regulamentação de áreas próprias e impróprias para a prática e prestar apoio para atividades de pesca esportiva, inclusive preparando atividades de educação ambiental para integrar a programação dos eventos, como plantio de mudas nativas, coletas de lixo e palestras com temática ambiental.

Outro destaque é a colaboração com eventos de turismo de pesca, que atraem um grande número de pessoas todos os anos no Estado. Em setembro, com dois eventos, foram movimentados mais de R$ 1,5 milhão na economia de cidades da região Oeste e Centro-Sul do Paraná, de acordo com levantamento da superintendência. Nesses casos, é obrigatório que os peixes sejam devolvidos aos rios após as atividades.

“Esse projeto nos ajuda a obter uma gestão ambiental eficiente por preservar o grande patrimônio natural que o Paraná possui, em água, floresta e solo”, afirmou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais. Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.

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